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Onde estaremos daqui a vinte anos?

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Temos várias possibilidades, felizmente o futuro não é predeterminado. Ele vai sendo construído ao longo do caminho, a partir do que está acontecendo no nosso entorno e do que fazemos agora.

Lançar um olhar para o futuro, tentando verificar as diferentes possibilidades, é uma forma inteligente de apoiar as decisões sobre o que faremos no presente. Olhar para os futuros possíveis nos permite escolher as alternativas que nos constroem como indivíduos, como cidadãos e como sociedade. Esta é a plena expressão da liberdade: fazer escolhas. A escolha de um futuro que nos agrada nos dá uma base forte para as ações que faremos no presente e nos liberta do determinismo e do pessimismo de que nos levam a dizer que mudanças não são possíveis e que as mazelas que nos cercam “são assim mesmo” e temos que nos ajustar e até contribuir para elas.

É muito forte em nós a tendência de percebermos o futuro apenas como um prolongamento do presente. Se isso fosse verdade, Mato Grosso ainda seria um “fim de mundo” destinado à pecuária extensiva e ao extrativismo de recursos naturais, não é que se observa. Podemos observar um Estado pujante, com todo o vigor de sua juventude, fruto das rupturas em sua projeção de futuro e das ações de quem não acreditava que tudo era continuísmo.

Como Estado jovem que somos, ainda temos muitos problemas que nos incomodam. Nossa educação ainda não avançou muito (temos a 6ª série em média), somos muito impulsivos e não aceitamos muito bem regras de convivência (temos altos índices de violência), somos individualistas e não gostamos de partilhar nossas coisas (temos uma grande desigualdade social) e, principalmente, não temos uma percepção do futuro (nossas soluções são todas para o presente), o que é típico dos jovens.

Mas estamos crescendo e a necessidade de pensar o futuro fica cada vez mais forte, portanto nos lançamos em uma aventura nova: fazer um planejamento estratégico para os próximos 20 anos. As pessoas que se empenharam nesta iniciativa tiveram a oportunidade de vislumbrar futuros diferentes, melhores e piores do que aquele que é uma continuação do nosso presente.

Os resultados deste olhar, as preocupações dele decorrentes, dados, informações, bem como as propostas de soluções para os principais estrangulamentos estão registrados nos documentos gerados no processo de planejamento. Cabe reforçar o caráter processual do planejamento, pois este não pode ficar preso em livros e documentos sendo seu papel acompanhar os desdobramentos da realidade. O que foi capturado nos documentos são os dados e conhecimentos resultantes do planejamento em um momento, elementos que dão base para o aprofundamento dos conhecimentos e para o aperfeiçoamento da tomada de decisões.

Muitas pessoas participaram do planejamento em diferentes etapas: personalidades que contribuíram para o conhecimento do Estado na pesquisa qualitativa, técnicos que trabalharam nas análises, lideranças que avaliaram os resultados, representantes regionais que apresentaram a visão das diferentes realidades e necessidades do Estado. Contudo, a Visão do Futuro e os desafios colocados para o seu alcance devem ser partilhados pelo conjunto da sociedade para que produzam seus efeitos de direcionamento e articulação das iniciativas presentes. Sob este aspecto, são enormes as responsabilidades dos participantes no sentido de partilhar, divulgar e fazer uso dos conhecimentos produzidos durante o processo de formulação.

O governo do Estado já procurou fazer sua parte, incorporando elementos do MT+20 na orientação estratégica que direciona a elaboração dos programas e projetos componentes do Plano Plurianual para o Período de 2008 a 2011. Mas não se limitou a sua própria área de atuação, está buscando também a convergência das outras esferas de governo e das representações da sociedade para complementar os esforços de construção de um futuro, onde estaremos todos nós um Estado muito bom de se viver.

* Suzan Dignart é agrônoma e gestora governamental da Seplan

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