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O paradigma da escolha

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As eleições se aproximam e o horário gratuito eleitoral no rádio e na TV têm o compromisso de apresentar, linearmente, todos os candidatos a um cargo público. No horário político não há fogueteiros, showmícios, bandeirolas, ninguém é santinho ou, seja lá o que for. A verdade é que convencerá o povo aquele candidato que tiver maior criatividade e conhecimento de causa dos problemas sociais.

A sociedade está apreensiva quanto à escolha tanto para vereador quanto para prefeito. Quem será quem no jogo político? As primeiras estatísticas servem pra mostrar a intenção de voto do eleitor, mas ainda não se pode afirmar que elas sejam a fotografia da vontade do povo. Há muita água pra passar debaixo da ponte, como diz o ditado.
Mas… a procissão está passando e já dá pra perceber o tom dos candidatos. No caso da propaganda pela TV, aqui em Cuiabá, tenho visto muitos discursos contraditórios. O verbo, à primeira vista, está sendo colocado no futuro, sem qualquer garantia de realização por parte do candidato caso este seja eleito. Isso haverá de ocorrer pelo simples fato de que, por mero desconhecimento dos obstáculos que haverão de surgir – e não apenas causuais – mas, também, pelos inoportunos e imprevistos que o ofício patenteia.

A falta de maturidade nos discursos de certos candidatos também é perceptível no horário político gratuito. No caso da T.V. é de praxe o eleitor associar a fala do candidato à sua personalidade, à sua feição facial através da imagem. A semiótica se evidencia ou manifesta de forma subtendida, mas acusa, categoricamente, se o candidato é ou não carismático.

Àquele candidato que produz um discurso totalmente desprovido de consistência, mas que, ainda assim, consiga se eleger, numa análise superficial, é de entender que este será facilmente manipulado pelos caciques da política, ou por aqueles que possuem o dom de impor aquilo que desejam, mesmo que para isso tenham que dispor de falsos sorrisos, capazes de encantar a própria verdade. Por outro lado, aqueles que possuem o dom da palavra e que têm projetos voltados para os interesses sociais, e que, seja a ferro e fogo, vão de fato trabalhar para a sociedade, certamente está utilizando de poucas palavras, atenta-se pela objetividade dos assuntos propostos, sem chavões que mais parecem brincadeira de criança que o simples compromisso do trabalho honesto.
A escolha do melhor candidato de fato é um paradigma. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. É mais ou menos por aí: não dá para ir pelo exagero das promessas, assim como também não dá para aceitar, por mera simpatia, aquele candidato “x”, só porque ele é bonitinho, filhinho de “papai”, cujo discurso não passa de “tagarelice de berço”. Esse último, por exemplo, é o pior candidato, pois sabe muito bem onde mora a “galinha dos ovos de ouro” e é lá que ele vai atuar, ignorando os anseios da sociedade.
A moral da história, da propaganda eleitoral gratuita, ficará por conta da interpretação e da observação do eleitor que deverá analisar cada proposta, de cada candidato. Na medida do possível, tentar associar a probabilidade de custo para cada obra social prometida em campanha – assistência social, saúde, educação, infra-estrutura, segurança, etc. Feito isso, o eleitor saberá distinguir qual promessa é indevida, utópica ou verdadeira, consistente.

Gilson Nunes é jornalista e técnico de T.I. – [email protected]

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