PUBLICIDADE

O massacre dos aliados

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Enquanto a oposição praticamente desaparece do cenário politico no Brasil e o PT age  buscando uma hegemonia total, a voracidade do Governo Dilma/Lula e seu partido volta-se de forma devastadora sobre os partidos que integram sua base no Congresso.
Percebendo que seu maior aliado, não tem um projeto de poder, pois há décadas tem se comportado como mero  apêndice dos partidos que estejam no poder, iniciando por Sarney  que acabou passando de presidente do PDS para o  PMDB, depois com Itamar  Franco como vice de Collor, seguindo como aliado de FHC e nos últimos 12 anos força auxiliar dos Governos Lula e Dilma, o PT continua nadando de braçada.

O crescimento do PT ocorre tanto em detrimento das forças de oposição  de esquerda como sobre o  ninho tucano e também  sobre os grotões antigamente ocupados pelo que restou do PDS/PFL, hoje DEM. Na esquerda o PT empareda partidos que ainda teimam em defender a ideologia socialista como PSOL,  PPS e mais recentemente PSB e na da direita através da cooptação de partidos como PP; PSD; o PR, o PRB e também cooptando lideranças de setores conservadores

Todavia, como é mais fácil para o PT usar a “democracia” interna para  administrar seus conflitos, acomodando suas várias tendências e correntes do que barganhar com aliados ávidos por cargos e outras benesses, dificultando o exercício da hegemonia total, o Governo Dilma a  cada dia endurece mais com seus aliados. Na verdade, o projeto de poder do PT é bem claro. Tal projeto significa o aparelhamento do Estado, o uso da máquina publica de forma aberta para conquistar todos os espaços,  principalmente os ocupados pelo PMDB.

Os  objetivos estratégicos mais importantes do Governo Dilma e do PT  são, pela ordem: a) reeleição da Presidente a qualquer custo, para pavimentar o retorrno de Lula ao Palácio do Planalto em 2018 e novamente ali permanecer por mais oito anos, completando um ciclo ininterrupto de 24 anos no commando da política nacional b) conseguir ampla  maioria na Câmara Federal, superando a marca de 100 a 120 deputados, c) ampliar sua pesença no  senado.

Esses  três objetivos possilitarão ao PT , com apoio de alguns aliados, transformar o próximo Congresso em Assembléia Constituinte e assim, emendar, remendar, enfim, alterar profundamente a Constituição como fizeram Hugo Chaves,  Evo Morales, Rafael Caldeira
Para que isto ocorra o PMDB  como maior partido aliado com representação significativa  no Congresso quanto nos Estados deve ser esmagado como já ocorreu com o PSDB, DEM, PPS e PSB. Destruindo o PMDB o  caminho para que o PT venha a ocupar além da Presidência da República também a direção da Câmara Federal e do Senado será um pulo fácil e importante.
A definição da dirreção das comissões, a distribuição do  fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral são estabelecidos em função do tamanho das bancadas  na Câmara Federal e a Presidência do Senado acumula  também a Presidência do Congresso, a terceira posição na linha sucessória da Presidência da República.
Em decorrência desta estratégia o PT estará em confronto direto com o PMDB em 15 Estados e em 12 com o PSDB/DEM/PSB, maiores  partidos da base aliada e da oposição, e em alguns outros em confrontos menores com os demais partidos aliados. Este é o grande desafio dessas próximas  eleições, onde  as disputas  estaduais perdem muito em significado.

Juacy da Silva, professor universitário, aposentado UFMT,   mestre em sociologia,
[email protected]

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Saiba usar o poder de recomeçar

Algumas pessoas apesar de ter a consciência do desperdício...

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A evolução tecnológica desempenha um papel fundamental no fortalecimento...

Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

A prática de exercícios físicos após um infarto do...