Ninguém sabe o que está passando no relacionamento do Treinador Milton Mendes e o jogador Nenê, que nos últimos dois anos carregou o Vasco “nas costas”, participou da 2ª divisão, era o jogador mais perseguido em campo, fez gols de todo tipo, escanteio, voleio, de primeira, de faltas, sem falar da liderança em campo, chamando a responsabilidade para si, foi um líder, e trouxe o Vasco de volta a Série A, e agora sem o reconhecimento do Treinador, que com humildade sujeitou a ficar afastado, e mesmo a contra gosto ficou no “banco de reservas”, e por fim foi escalado na ponta esquerda e até centro avante, aceitou tudo, mas chega um momento que não dá para suportar, e pediu para sair.
O Nenê, foi fundamental nesses dois últimos anos de contrato no Vasco da Gama, ele jogou muito, ele não merece esse tratamento estranho e hostil que estão dirigindo a ele, foi um jogador que deu tudo ao Clube, chegava ao fim dos jogos totalmente esgotado, foi fundamental nesse últimos anos do Vasco.
Por tudo que Nenê fez em favor do Vasco, deve ser reconhecido, e cabe a Diretoria promover a aproximação com Treinador Milton Mendes, pois o Nenê tem muito ainda a dar ao Vasco, e não merece ser banco de reserva de: Escudeiro, Wagner, Picachu, Éder Luiz.
Cabe ao Treinador Milton Mendes, reconhecer tudo que o Nenê fez pelo Vasco, e entender que ele é um jogador diferenciado, mesmo com uma só perna, joga mais que muitos jogadores que estão no plantel, e pode dar muito ainda para o Vasco, fazendo um gol de falta, batendo um escanteio, e tirando a responsabilidade das costas da molecada que estão pedindo passagem, e que ainda possa ser um orientador dentro de campo, ensinando os jovens: Matheus Vidal, Paulinho, Paulo Vitor, Guilherme Costa.
Infelizmente no futebol, o tempo da glória e do inverno astral é muito rápido, na história do Vasco, com certeza o Nenê está abaixo somente de Roberto, Romário, Edmundo, mas está no mesmo nível de importância de Pedrinho, Juninho, Felipe e Mazinho.
Nenê, um mágico da bola, um jogador refinado, exímio cobrador de falta e escanteio, decidiu muito jogos para o Vasco fazendo gols e dando muitas assistências, colocou muito “pernas de pau” na cara do gol, e agora pode acionar a molecada para fazer muitos gols e ajudá-los com orientações da sua experiência, e tirando a responsabilidade deles, por isso, não deve ser descartado, a não ser que a mágoa entre ele e o treinador seja muito grande, e ele queira mesmo deixar o Vasco.
O futebol é um mundo a parte, tudo é muito passageiro e os ídolos são esquecidos rapidamente, e o caminho entre o céu e o inverno está num piscar dos olhos.
Wilson Carlos Fuáh – Economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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