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O cuiabanês nas eleições em Cuiabá

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Com objetivo de resgatar o linguajar cuiabano que, com o passar do tempo foi  desaparecendo  do nosso dia-a-dia, procuramos relembrar alguns verbetes, apenas para matar saudade dos anos 60/70, onde as ações dos agentes políticos,  tinham raízes  sentimentais. Mas, hoje troca-se de partido como se trocam de camisa e os interesses estão acima das convicções ideológicas.

 Agora, vamos usar alguns verbetes antigos como era dito e se perderam ao vento, e o que resta é a saudade dos velhos tempo,  onde os políticos gastavam nas campanhas apenas as solas dos sapatos e passava as propostas usando somente a saliva, eram propostas de  desenvolvimento em todas as áreas de ação do município em Cuiabá, e os políticos  afirmava que cidade ficaria:   “bom pra catiça”.   Mas, os adversários também ficavam com a língua “coçano” pra poder rufar o sarrafo “na cacunda” do candidato “salta veaco”.  

Os políticos daquela época eram qualificados de acordo com as suas características e o seu modo de ser:

 Político molóide (fraco);  político meia tigela (mediano);  político metido à sebo (agindo como grande); político mequetrefe (péssima qualidade); político nhapador (corrupto); político piqui roído (não vale nada); político levado aos córnios (complicado);  político cara de tacho (sem vergonha); político tocêra (metido) e político digoreste ( sabido e esperto); político cheio de bereré ( com dinheiro) e político com biricera (pouco dinheiro); político metido a bestão ( ignorante) e político bom de bicaria ( poder de convencimento) e político bobó cheira-cheira (débil mental) político brocoió (sem graça) político casca de ferida ( malvado e  ruim) político casca búia (imagem desgastada).

Sobre as propostas:

1 – Saúde Pública –

Fim do uso de garrafadas, será implantado o atendimento igual do Sandú, ou seja, você será atendido por taxada de médicos,  não  terá enfermeiro pau de traque. Se você chegar com “carne no vivo”, constipação, defluxo, nó na tripa,  arca caída e urrando de dor,   tenha certeza que seu atendimento será de carreira, não haverá necessidade de  madruga na fila ,   pois será  examinado por empetecados  equipamentos bem-bom, não precisará   sair com a receita e pois será fornecido remédios  prá besteira, e na maioria das vezes  já sairá completamente sarado.

2 – Fim das mamatas e maracutaias:

Os  salários dos políticos serão iguais a todos os demais Barnabés do estado, sendo assim o político  terá que corcoveá, pois com as novas leis serão  pá chambaú  e povo vai dizer para os políticos,  senta aqui e arrodeia  três vezes, pois   será o  fim do  “pé de pequi”:

–  Fim das verbas indenizatórias : “canhaim, to co sodade de mamãe”, os vereadores ficará com a mixaria e  minguado cobre,  fim do intera salário;

–  Fim dos  recessos (chega de  esticação de férias, o político vai trabalhar o ano inteiro  e vai ficar jururú;

 – fim das re-eleições: os cofres públicos não aguenta mais repique das mamatas e mordeções;

 – Fim das coligações, chega de  “ajojamento”, porque depois eles querem  recompensas  e pensam que nos cofres: “é só nhapar”.

 – Para terminar, será  proibidas as “propagandas das ações do governo”, onde as lufadas de recursos públicos são usadas para engrandecer políticos “pançudos” e “tocêra pra burro”.

Esta crônica é uma homenagem a todos aqueles políticos da velha guarda  e a todos os cuiabanos que viveram as décadas de ouro da política de Cuiabá, e como era emocionante assistir aos comícios, com grandes oradores e as vezes até mentirosos, mas não muito como hoje, e apesar dos pesares havia sentimento e  honestidade.

Wilson Carlos Fuáh – Economista, Especialista em   Recursos Humanos e Relação Políticas/Sociais.
[email protected]         

 

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