A operação Arco de Fogo é a cara disso. A região norte do Mato Grosso tem como uma de suas bases economicas a extração da madeira e seu beneficiamento, gerando milhares de empregos na região. Até aí nenhuma novidade. Ocorre que estamos enfrentando uma crise nesse setor, umas das piores já vividas, resultantes de pressões diversas, ou como diria Janio Quadros “forças terríveis”. O que mais nos indigna de tal situação, é que esse setor da economia tão presente em nosso dia-a-dia está sendo tratada com uma praga daninha, causadora de todos os males da humanidade. Sim, é essa a impressão que tenho quando leio e vejo tamanho empenho do governo (Ibama, Sema, Polícia Federal, Força Nacional e o que for preciso) em fiscalizar várias indústrias de nossa região. É o repúdio a esses atos que me norteiam para escrever esse pequeno texto.
Não quero fazer comparações, apenas deixar uma idéia, que tenho certeza que todos a tem na cabeça. Por que não usar todo esse “aparato bélíco” para combater o tráfico de drogas, criminalidade, ou até investigar políticos corruptos que não beneficiam se quer um empregado? Mas, Brasil é Brasil, e por pior que sõe essa expressão, estamos na beira do abismo, e muitos estão a empurrar, e são os mesmos políticos que assinam o fim dessa economia em suas mesas de mogno ou itaúba. Classificar a extração madeireira como ato criminoso é um equívoco terrível, que em 100% das vezes sai da boca daqueles que jamais se preocuparam em responder as perguntas; e a situação dos empregados? e os impostos pagos pelos madeireiros na comercialização da madeira são utilizados aonde? entre milhares. Se fosse um banco falido por irresponsabilidade de seus donos, a solução era fácil, dar-se-ia dinheiro para combrir o rombo e pronto.
Quase todo o Brasil critica o devantamento da amazonia, nós também, porém tem que fiscalizar e eu disse fiscalizar com clareza, dados claros e certos, e não sair atirando para todo lado com força total com o intuito de agradar os “urbanizados do país” ou fora dele, até porque são eles os maiores consumidores de nossos produtos. As vezes me pego a pensar, a madeira deveria ser legalizada, é, porque do jeito que esta ta difícil. Vou lançar a campanha, ‘vamos legalizar a madeira’, por uma questão óbvia. Muitos criticam a extração madeireira, mas todo mundo usa e abusa, sem falar dos altos impostos recolhhisdos pelo fisco, diferente da droga, que todo mundo critica muitos usam porém não recolhe sequer R$ 1,00 aos cofres públicos, sem contar com a criminaliade inerente a essa. Não vou me alongar mais, apenas vamos nos ater a essa problemática que nos impregna e nos transforma no monstro assustador temido pelas ONG(s).
Somos brasileiros, pagamos impostos, e queremos o mesmo tratamento, aplicando o princípio da isonomia, como reza nossa Constituição Federal de 1988 e que anda meio esquecida por essas bandas.
Carlos Renato Canan é advogado em Sorriso