Administrar uma crise de forma que ela não se torne algo insuperável, é a obrigação de todos os líderes que almejam evolução e permanência no sistema político atual. Perder o domínio ou demonstração de fraqueza, ou mesmo demonstração de intolerância ou arrogância só pode potencializar ainda mais o que já é quase incontrolável.
Se agir com truculência no início, o que será feito depois? Coisa boa não poderá ser! Agir com prudência e cautela é a lógica do líder diplomático…
A prudência indica que o caminho da tolerância e diplomacia, do equilíbrio, da razoabilidade é muito mais satisfatório no fim. Do contrário, saberá após desgastes, que afinal, isso não traz satisfação para nenhum dos lados envolvidos.
O que se espera dos bons líderes é que sua inteligência seja suficiente para as tomadas de decisões, onde o resultado seja satisfatório para todos. Há que se pensar olhando a crise por dois prismas.
Se tomar a decisão contrária ou favorável para um lado, sem pensar no outro poderá ser bastante prejudicial, ao longo do tempo. Há muitas formas de ver o mesmo problema e também de enxergar uma solução. Algumas vezes, analisando o passado nota-se que se houvesse ponderações, o resultado seria muito melhor se não houvesse precipitações ou pressões exorbitantes.
Mas é do líder a última palavra. E uma decisão incorreta do capitão de um navio amotinado, pode até levar a sua grande embarcação ao fundo do oceano dos problemas solucionáveis.
Ora. Não se pode responder com a banana da tal "Republiqueta" empunhada. Pois pode ser uma decisão explosivamente negativista e depressiva, que poderá gerar de imediato uma reação proporcional ao ataque, que pode danificar o casco da nau, levando-a afundar…
Ora. Que não venham com balelas de que a dita cuja revisão geral não fazia parte da tal LDO para 2016. Ora, isso é obrigatório conter. Faz parte do orçamento da máquina. Pois bem. É óbvio, que cifras não haviam como prever o seu índice necessário, mas é um parâmetro obrigatório pois está previsto em lei… Ou foram mesmo imaturos e se esqueceram disso? Se não está previsto é um mal sinal. Bons administradores não erram tanto assim.
Domingos Sávio Bruno é engenheiro florestal – ex-gerente técnico/chefe de distrito/Fundação Nacional de Saúde/CRMT- ex- inspetor chefe do CREMA/MT- Várzea Grande