Estima-se que 2% dos adultos tenham tido alguma convulsão em algum momento de suas vidas.
A convulsão é um distúrbio no qual descargas elétricas anormais no cérebro fazem com que os músculos se contraiam e relaxem de maneira desordenada e bem rápida. O indivíduo pode perder a consciência durante o processo. Pode ser causada por diversas condições desconhecidas ao paciente. Por isso vale a pena procurar um neurocirurgião para investigar a causa desse ataque repentino que pode ser decorrente de um traumatismos cranianos, acidente vascular cerebral, tumores no cérebro ou idiopáticas.
Se for diagnosticado um tumor é recomendado uma cirurgia para retirá-lo, pois sua retirada é acompanhada de um controle mais fácil das crises convulsivas, com medicação anticonvulsivantes. Muitos dos cânceres cerebrais são malignos, o que significa que requer algum tipo de cuidado médico. É importante buscar tratamento para irregularidades neurológicas em um estágio inicial, já que tumores cerebrais e outros distúrbios neurológicos pioram quando não tratados.
Depois de retirar o tumor não significa que o paciente não possa ter novas crises de convulsão. Terá que ser acompanhado pelo neurocirurgião responsável que entrará com anticonvulsantes por um determinado tempo para estabilizar o quadro. Pode ser que com a retirada do tumor as crises não voltem a acontecer, mas depende da avaliação do neurocirurgião que fez o procedimento para que decidir qual o melhor tratamento.
A regra é se passou por uma crise convulsiva do nada, procure um especialista neurocirurgião para investigar a causa, quanto mais cedo descobrir o diagnóstico e começar o tratamento adequado sendo tumor ou não, mais qualidade de vida você terá.
Roger Rotta é Neurocirurgião Oncológico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Fellowship em Oncological Neurosurgery no MD Anderson Cancer Center em Houston – Tx, além de Coordenador da Residência em Neurocirurgia no HGU em Cuiabá.