As Assembléias a Câmara, passando pelo Senado, pelos ministérios, tudo se negocia. Negócio do latim negotiu, comprar ou vender. Exatamente do que nossos políticos estão se ocupando neste inicio de ano, ou continuam. Continuam comprando e ou vendendo, a dignidade, a moral, a decência, a compostura, o decoro…
Ouvimos todos os dias na imprensa que se o governo não tem maioria, não consegue governar. Então vejamos: se, é imprescindível a maioria, porque legislativo? Pois o executivo aprovaria o que bem entendesse. Seria muito mais obvio e barato, governar por decreto. Como se criou um faz de conta, os governos saem comprando, parlamentares e legendas partidárias, para ter “vida fácil” no poder legislativo.
Inicia se o processo de compra e venda nas eleições, continua na eleição dos presidentes das casas, nas nomeações de cargos. O executivo tem poder, tem dinheiro, e o pior tem o descaso com quem não colaborar.
É muito deprimente, ver o povo achar que o governante está certo em se vender ao poder em troca de uma estrada, enfim de uma obra para seu estado ou sua cidade. É triste ver a ganância de grupos destruírem a dignidades de pessoas de bem. Destruir o sonho de um mundo melhor, mais humano, mais “limpo” sem os rolos compressores que não permitem opinião contraria nem dos aliados.
Quando os persas iniciaram as trocas, não imaginavam que no futuro essa pratica se tornaria um toma lá da cá, me apóia aqui que lhe dou um cargo ali, vem pra meu grupo que terás verbas. Lamentável, mas infelizmente, real.
Socorro! Pensadores, intelectuais, estudiosos, arrumem alguma coisa melhor que essa democracia que esta ai, pois a corrupção esta contaminando o povo que praticamente não reage mais a escândalos, a negociatas, o que importa é se dar bem, não importando o coletivo, quando deveria ser exatamente o contrario, fortalecer o coletivo para que o individual apareça como defende o Técnico Dunga.
José Maria Sobrinho é agricultor em Sorriso
[email protected]