Algumas vezes tomei conhecimento, através de matérias, de como funcionaria o trabalho em algumas empresas modernas com suas filosofias liberais e divertidas.
Vejo salas de jogos, campos, gramados verdes com quiosques, sempre com piqueniques em ação, alguém chega de skate, sem uniformes…
Uma sensação mágica de trabalho leve, flexível sem pressões, a vida num comercial de margarina.
Se você deseja ir para uma empresa por este motivo, o que você está precisando é de férias, não de um emprego novo rs…
O que vem em seguida nas matérias, e geralmente não é absorvido pelo espectador que está anestesiado pelo parque de diversões apresentado para ele na parte inicial da matéria – uma estratégia que conheço bem -, é que sim, existe um espaço para descontrair no trabalho, e sim – você fica pasmo agora 😮 – é um lugar de trabalho duro, tem metas arrojadas como toda grande corporação, muito trabalho. Todo dia, cabeças incompetentes rolam, hora para entregar o trabalho, “chatas” longas reuniões, e aquele chefe “cool” de camiseta e bermuda esbraveja com todo mal humor por falhas no… tcharam!! Trabalho!
Não tem para onde fugir. Se você quer receber dinheiro pelo que faz, uma redundância aparece: você tem que fazer algo útil para quem tem dinheiro. Quer receber por jogar futebol? troque uma ideia com o Ronaldo, ele vai te dar uns toques; quer receber dinheiro para acessar redes sociais? sei que existem empresas que precisam de gente para isso, mas, não se iluda, vão querer que você faça gol’s, emita relatórios, escreva bem, não se meta em confusões, entregue o trabalho no prazo, obedeça o técnico, use uniforme, enfim, vai ter compromisso, e aí o tempo de aproveitar a sala de jogos começa a ficar curto.
Ah, e por falar em uniforme, vocês sabiam que Steve Jobs (sim aquele da empresa da maçã), tentou implantar uniforme para seus funcionários? Ele ficou sabendo que uma empresa japonesa dava uniformes aos seus funcionários e esta prática havia sido adotada no período pós-guerra para que os mesmos tivessem o que vestir para trabalhar e os funcionários japoneses gostaram do presente e se orgulhavam de estar com o uniforme do seu “time”. Ele deve ter imaginado que com uniforme iria conquistar o orgulho do time, porém na turminha do Jobs, isso não foi aceito (tá, nas lojinhas é obrigatório uniforme para você saber de que “gênio” comprar).
Uma dica: quer se divertir com o que faz, faça algo que goste. Mas lembre-se: o fantástico mundo sem compromisso ainda não existe.
E a publicidade nisso tudo? Bem, ela fez muitas mentes desejarem trabalhar nestes locais, e em seguida estas mentes vão descobrir quanto custa a parcela do mundo sem compromisso (#soquenao).
Daniel Ludwig – Dreamer / Director Nova Mídia Publicidades – Sinop