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Missão professor

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Dias atrás vi uma reportagem na TV sobre países que saíram da pobreza para o desenvolvimento. E em todas as pesquisas os autores chegaram à conclusão que os países alcançaram a riqueza através da educação. Como diria Einstein , “tudo é relativo, nada é absoluto”. Já a lei da cinemática diz que “você só pode afirmar se um corpo está em movimento ou não dependendo do referencial adotado”.

A reportagem em questão é verdadeira de um ângulo de observação, porém, incompleta. No caso da Espanha, não se falou nem de longe se mencionou o papel do PSOE (Partido Socialista Espanhol) no processo de preparação de desenvolvimento daquele país.

Sabemos que Felipe Gonzalez foi o propulsor dessa mudança, com ideais socialistas e consciente de que só um povo educado pode superar as crises impostas a ele por conseqüência da concentração de renda. Um povo culto tem capacidade de discernir entre aquele que defende o trabalho, a vida, daquele que defende o capital.

Nem de longe a imprensa comercial terá o papel de conscientizar as massas nesse sentido; pelo contrário, como na reportagem divulgada, a verdade foi escondida e a matéria direcionada de acordo com o ideal do proprietário da TV. As notícias e reportagens sempre têm um ângulo de observação. Elas podem até ser verdadeiras dependendo do observador, como na física.

O momento em que vive o Brasil é de demarcação de terreno; de um lado as elites com sua imprensa; e de outro lado o povo com sua pobreza. Aliás, a moda hoje é os telejornais apresentarem uma notícia e logo o próprio apresentador emitir sua opinião sobre o fato. Se você, caro professor, observar bem verá que o intuito da opinião é de dar veracidade ao fato.

Um exemplo é a notícia sobre o irmão do Presidente Lula acusado de tráfico de influência, que foi amplamente divulgada, e a notícia sobre a ligação do sócio de Marco Valério, Cristiano Paz, com o comitê de campanha do tucano Serra, que não teve o mesmo destaque e até irritou um repórter da Globo por esconder o fato.

Professor, parabéns pelo seu dia, e comecei comentando a reportagem acima só para mostrar o papel imprescindível da sua profissão na construção de uma sociedade justa. A carga da responsabilidade sobre suas costas é incomensurável. Não basta formar seus alunos com conhecimento sobre ciências, história, matemática, física, enfim, todas as matérias do currículo escolar. O mais necessário é formar uma consciência crítica do seu aluno, para torná-lo capaz de enfrentar o bombardeio de informações tendenciosas por parte de setores da mídia, que tentam formar uma sociedade míope, no melhor dos casos. No fundo, a classe dominante nem quer uma sociedade, más apenas um batalhão de objetos de produção de riquezas, e ainda com um contingente de reserva (os desempregados e ignorantes) apenas para garantir mão de obra barata.

Portanto, professor, comemore seu dia com a alegria de ter em suas mãos os destinos deste país; de ter em suas mãos o poder de formar seres humanos e não objetos de produção. Com a determinação de enfrentar as adversidades da nossa profissão. E, como diz a reportagem citada, só um povo educado o valorizará e reconhecerá o papel que lhe cabe na sociedade e a fatia do bolo que você merece.

Carlos Veggi é professor em Cuiabá
[email protected]

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