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Meio ambiente: Mato Grosso sem líderes

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Onde estão os lideres que juraram defender Mato Grosso e seu povo? Será que todos cometeram crimes ambientais que se divulgados podem macular suas imagens públicas e colocar seus respectivos nomes no rol dos destruidores do meio ambiente, dos cerrados, do Pantanal e da Floresta Amazônica? Será que suas ações criminosas são maiores que a omissão ora praticada?

Diante da deflagração da operação, “Arco de Fogo”, que foi previamente anunciada e divulgada pela grande imprensa nacional, caberia ao líder do estado Governador Blairo Maggi, como exemplo pessoal, pintar para a guerra, como faziam os Guerreiros indígenas, reunirem os demais líderes e juntos, marcharem para Brasília, não para um confronto de vida e morte, mas para a busca de uma solução política capaz de contemporizar a diversidade de interesses ora em conflito.

Lembro de um fato político de larga repercussão, ocorrido logo no início de primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando os interesses do Governo Federal confrontaram com os interesses de Minas Gerais, o então Governador ITAMAR FRANCO, convocou e colocou de prontidão a Polícia Militar mineira para defender os interesses do Estado. Diante do Confronto, o Governo Federal cedeu e construiu-se uma via alternativa, o mesmo poderia aqui ter sido aplicado.

O diferencial dos dois episódios está em um fato muito em voga atualmente, que vem a ser o adjetivo “empresário”, aqui, o governador é empresário, com enormes interesses em jogo, tanto no âmbito estadual como federal, portanto, a boa técnica empresarial recomenda-se cautela, se possível em cima do Murro, enquanto lá em Minas, o Governador era político pertencente a um grande partido e com aliados de peso no Congresso Nacional. ITAMAR FRANCO, a exemplo de Tancredo Neves e Ulisses Guimarães se orgulhava de ser políticos cujo patrimônio eram apenas suas biografias.

Assim, para encerrar este assunto, lembro-me das pregações do Padre Antonio Vieira, que bradava em seus sermões: “Palavra sem exemplo, é como tiro de bala, sem bala”.

Pedro Ferreira Mendes é advogado em Sinop

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