No aniversário de 151 anos de Marechal Rondon, comemorado nesta quinta-feira (5), o deputado Wilson Santos (PSDB) lembrou breve histórico do mato-grossense do distrito de Mimoso, que se tornou referência na defesa dos povos indígenas, considerado o Pai das Comunicações, e indicado a dois Prêmios Nobel da Paz.
“O dia 5 de maio é o Dia de Rondon. O marechal Rondon nasceu em Mimoso, aqui no município de Leverger, à época município de Cuiabá, em 1865, quando a América do Sul vivia a maior de todas as guerras, a Guerra do Paraguai. Poucos meses após o início da guerra, nascia no Pantanal mato-grossense, Cândido Mariano da Silva, que nos quatro lados sanguíneos, três indígenas, dos Bororo, Terena e Guará. E de seu lado branco, de origem espanhola, aí a origem Rondon”.
“Ao nascer o seu pai já havia morrido, e sua mãe morreu quando ele tinha dois anos e meio. Então órfão de pai e mãe desde muito cedo, e isso não impediu que o Rondon tivesse o brilhantismo que teve na sua vida. Ingressou no exército em 1881, depois de ter estudado em Cuiabá e feito o segundo grau. Ingressou no exército jovem e fez uma carreira brilhante. Chegou a general de exército 4 estrelas, e o único brasileiro que o Congresso nacional deu a patente de Marechal”.
Indicações a Nobel da Paz.
“Teve duas indicações a Prêmio Nobel da Paz, sendo um indicado pelo cientista Albert Einstein e o ex-presidente americano Theodore Roosevelt. Rondon já foi homenageado em mais de 5 mil cidades Brasil afora. Foi um extraordinário humanista, mas o seu legado científico é tão grande quanto o seu legado humanista. O Marechal Rondon não pode passar em branco, pelos valores que ele passou. E a nossa mocidade está carente de ouvir falar em ética, honestidade, patriotismo, de trabalho intenso, de inteligência, de trabalho em equipe. Tudo isso foi o Marechal Rondon”.
Humanista
“Rondon, segundo algumas correntes de historiados, é considerado muito mais cientista do que humanista. Mas a face de Rondon, que consolidou-se é do humanista, o homem que protegeu os índios, o homem que idealizou o Parque Nacional do Xingu, o homem que foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz várias vezes pelo trabalho extraordinário de proteção aos índios”.
Do Oiapoque ao Chuí
“Roosevelt disse que no hemisfério Sul há duas grandes obras. A primeira, o canal do Panamá, e a segunda, a obra humanitária de Rondon. Nesse aniversário do Marechal da Paz, do homem que consagrou a frase “do Oiapoque ao Chuí”, porque ele andou do Oiapoque lá em cima na Guiana Francesa, até o Chuí, na divisa do Brasil, Rio Grande do Sul com Uruguai, a pé, de barco, a cavalo. O Marechal Rondon fez a revisão dessas linhas de divisas internacionais , arbitrou conflito entre Colômbia e o Peru. Eu não poderia como professor de história deixar de lembrar esse herói”.
“Viva Rondon, viva sua história, viva seus valores, viva sua memória, viva esse herói mato-grossense. Viva o grande herói brasileiro, e na minha opinião, o maior herói brasileiro de todos os tempos. Parabéns Rondon”.
Wilson Santos é professor, deputado estadual e ex-prefeito de Cuiabá