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Luiz Baracat Ricci

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LUIZ – As declarações do promotor José Antonio Borges sugerindo ao prefeito Wilson Santos que busque Luiz Soares para reassumir a secretaria de Saúde da Capital fazem justiça a uma das melhores biografias da política de Mato Grosso, justamente pela integridade, pelo caráter e pela seriedade.

Luiz Soares inovou na gestão pública do sistema de saúde de Cuiabá durante os quatro anos em que geriu o SUS. Montou uma equipe de sanitaristas para auxiliá-lo, enfrentou os maus servidores, valorizou os bons, empregou a transparência financeira como princípio balizador da gestão, e humanizou o sistema. Foi o primeiro gestor público de Mato Grosso, salvo melhor juízo, a prestar contas mensalmente, ao público em geral, de cada centavo que entrava e saia da conta do SUS na cidade, e também pagou os milhões de dívidas herdadas de seu antecessor.

Luiz Soares também provou que competência e eficácia na gestão da saúde não se fazem apenas com médicos. Aliás, o primeiro complicador em colocar a saúde pública nas mãos dos médicos é o fato de que eles se dividirem entre o público e o privado, numa simbiose estranha e perigosa, onde se confundem os papéis de um e de outro. Salvo as honrosas exceções de praxe.

Embora duvide muito que Wilson Santos convide Luiz Soares, e mais ainda que ele possa aceitá-lo, tenho a melhor expectativa possível sobre um eventual retorno de Soares ao comando da saúde pública em Cuiabá. Minhas dúvidas se justificam por uma razão muito simples. Para aceitar a empreitada, Luiz exigiria de Wilson o mesmo que exigiu de Roberto França: autonomia administrativa ampla, total e irrestrita, condições para ele poder enfrentar com respaldo as diversas máfias que tentam parasitar a saúde pública. Mas, no fundo, torço para estar errado, e Wilson o convide e Luiz aceite.

BARACAT – Outro assunto que não posso deixar de comentar é o factóide sobre a dimensão ética que a imprensa cobra do vice-prefeito de Várzea Grande, para que ele devolva seus salários por ser oposição ao prefeito Murilo Dormindo, digo, Domingos.

Isso, quando nada, é uma bobagem clássica, daquelas que ridicularizam o debate político. Nico foi legitimamente eleito e diplomado como vice-prefeito de Várzea Grande, para a função de substituição legal do titular.

A discussão salarial é um factóide porque é absolutamente irrelevante no contexto da crise política de Várzea Grande. A rigor, quem deveria devolver seus salários à municipalidade é o titular do cargo, que desonra olimpicamente os compromissos públicos assumidos em campanha, de fazer um governo moderno e inovador, inclusive politicamente, se constituindo numa alternativa concreta ao status quo que domina Várzea Grande há meio século.

Nico, ao opor-se ao prefeito com o qual foi eleito, honra aqueles compromissos, tenta resgatar o discurso eleitoral, e discurso, como enunciado, é palavra empenhada, documento assinado e passado em cartório.

Portanto, penso que é uma heresia cobrar de Nico Baracat a devolução do salário. Ao contrário, a imprensa deveria cobrar de Murilo o esclarecimento dos diversos escândalos de que é acusado, cobrar sua postura política de alternativa aos status quo, cobrar eficácia de sua gestão, cobrar a modernidade prometida em palanque, e respaldar o grito de independência de Nico Baracat e sua oposição aos conchavos que condenam a população de Várzea Grande a mais 100 anos de opressão e iniqüidade administrativa.

RICCI – Tenho lido nos últimos dias notícias sobre a renovação do mandato do ouvidor da prefeitura de Cuiabá, Eduardo Ricci. E percebido um alarido capcioso acerca do fato. Já disse e reafirmo: a Ouvidoria (ombudsman, para os modernosos) é um dos avanços da administração pública, um naco de modernidade. Se faltou as condições ideais para o trabalho do Ouvidor no primeiro ano, isso não representa nada mais que não o processo natural de construção de qualquer coisa social. Pessoalmente, confio no taco de Eduardo Ricci para desempenhar bem o papel. Tem capacidade técnica, formação política e experiência de vida – maturidade mesmo – suficientes para dar conta do recado. Portanto, deixem o homem trabalhar minha gente.

Kleber Lima é jornalista pós-graduado em marketing e analista político em Cuiabá

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