quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Limites do falso direito

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O povo percebe muito tarde que é apenas massa de manobra para “políticos de araque” subirem na vida à custa do erário público. Esses mesmos políticos trambiqueiros, ante a necessidade de estar no poder, ensinaram ao povo um “mundo sem fim” de direitos, sem qualquer tipo de dever, e até fizeram leis ridículas, concedendo-lhe favores que a nação não tem como suportar.
Trocaram a expressão “Amor à Pátria”, conjunto de deveres e direitos, por “cidadania” expressão “porquista”, que como suas frases, nunca dizem nada.

De tanto concederem favores idiotas, o povo perdeu a moral para fiscalizá-los e exigir respeito. Hoje concedem “um” de favor e cobram “10.000” de propina.
Queixam-se esses carunchos da sociedade que “gastam demais com saúde”: claro, é o dinheiro da saúde o mais fácil de ser desviado.

Não faltam juizes que obrigam os entes públicos a arcar com as conseqüências de estranhos direitos democráticos e até com os resultados da promiscuidade e da canalhice particular de alguns.

A democracia brasileira só existe, para os integrantes do poder e das grandes quadrilhas; o charmoso e arrogante Supremo Tribunal Federal e o seu subalterno Superior Tribunal de Justiça, têm como regra, que dinheiro público é dinheiro de ninguém; pode ser roubado à vontade, desde que por integrantes do poder ou das grandes máfias que arrebentam com o país. Ou não é assim? Que o diga o arqui-libertador de ladrões, Desembargador Federal Tourinho filho, Tribunal Federal da 1a. região.

Segundo aquelas intocáveis e desmoralizadas cortes, o ladrão do dinheiro público deve ficar com os favores da lei E COM O DINHEIRO ROUBADO TAMBÉM; os demais com os rigores. A lei em si, não vale para ninguém. Essas duas damas sem vendas nos olhos e toco de espadas são responsáveis por tudo o que não presta e permanece no país.

O povo não pode reclamar contra ninguém, nem numa reles câmara de vereadores, sustentada com dinheiro da pobreza, por que rico não paga imposto; até seu imposto de renda é repassado para OS custos do que a pobreza come. O resto é dinheiro do fundo de participação, que o estado e o município recebem pelo seu número de habitantes. Pois esse povo é impedido de protestar, quando se decepciona com o malandro que pelo voto criaram.

O administrador público não poderia gozar das regalias que a lei concede ao cidadão comum: para o seu afastamento do cargo, bastaria a suspeita; para a demissão o indício; se for do Poder judiciário, a mera conjectura, bastaria para a sua prisão. Por que esse tipo de gente, não poderia ser suspeito de nada. Hoje é o contrário: milhares, por meras conjecturas de sonegação de trocados, pequenos furtos apodrecem nas prisões. Grandes ladrões e mafiosos se banqueteiam com Desembargadores, Ministros, Senadores, Juízes, Delegados, etc. Em festa de mafioso, não se vê entrar mafioso: só entram grandes autoridades.

Na “terra de toda a gente”, ninguém pode protestar contra a qualidade das atitudes do povo que para cá foi chamado, já que o “slogan” quer dizer “terra de qualquer um”. Esse povo chamado para uma “terra de toda a gente” não entendeu, como não entendi também, a frase apregoada por um deputado desta cidade, em certa ocasião: “Olhai para as estrelas, que nos conduz (?) ao novo milênio”. O erro de concordância era da frase. Nem entende mais o surrado cidadão, porque que em sendo “Aqui é o seu lugar”, tem que ser tão ignorado, mal tratado e abusado como é.

Pois é, assim são as coisas: a lei, nas suas benesses aos tubarões é bem assim; uma banana para o povo e muita festança para a gatunagem. Os tribunais garantem.

Sempre desconfiei de quem diz que faz muito e não erra nada; geralmente não erra quem nada faz. A voz grossa e pastosa, a carranca, a ausência de sorriso, os olhos arregalados, a arrogância, é sinal de homossexualismo e não sinal de austeridade, como dizia Paulo Brossard no Senado, em relação ao General Geisel.
Pois veio a Polícia Federal em mais uma operação envolvendo esta cidade; que horror! quando é que coisas boas serão ditas daqui? Quando esta cidade, vai começar a produzir bons frutos e exportar notícias construtivas?

Todos são inocentes! O dinheiro público desaparece em super-faturamentos, mas ninguém é culpado de nada! É um grande milagre: um administrador público ganha, digamos. R$10.000,00 (dez mil reais) por mês; com esse dinheiro ele compra um palacete para morar; automóveis de luxo; empresas diversas; fazendas; constrói edifícios; gastam milhões em propaganda eleitoral. O ente público, com uma arrecadação de milhões mensais, não consegue fazer nada disso. Seria bom que os administradores públicos dedicassem ao dinheiro público a mesma diligência que aplicam ao seu.

Pois, enquanto as coisas se resolvem, devemos aguardar; acreditar na justiça é uma temeridade: os juizes são cegos demais! Nunca confiei na Polícia, até porque se relatório policial fosse a verdade, não existiria réu absolvido. A justiça acredita na polícia quando o réu é pobre e rouba vinténs. No caso da operação Navalha, a polícia federal será desacreditada, em nome do carnaval das sanguessugas, e pela morte de milhares de criancinhas que sentiram a falta de um litro de leite ou de um pedaço de pão; até pelo doente que morreu porque o administrador público pegou os remédios que eram para ser distribuídos ao provo e colocou para ser vendido na farmácia do compadre. Gente que fez isso tem que ser protegida, entendem os tribunais. Como tenho um temperamento voltado para os mais oprimidos prefiro por ora, acreditar na polícia federal, pois ela me dá a esperança de um país melhor, com menos canalhas nos governos.

Luiz Pinheiro é advogado em Sinop

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