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Janeiro Branco: mês destinado a pensar como anda sua saúde mental

Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso (SBCMT), médico cardiologista em Cuiabá
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O Janeiro Branco é uma campanha brasileira iniciada em 2014 que busca chamar a atenção para o tema da saúde mental na vida das pessoas. O mês de janeiro foi escolhido porque é neste mês que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o ano. Aí começa o estresse das contas para pagar e das coisas que não foram feitas no ano que passou e a ansiedade em realizar no ano que começa. Tudo isso influencia no seu organismo e aumenta o risco de doenças cardíacas.

Por isso é necessário tomar medidas para apoiar a saúde mental pode potencialmente melhorar a saúde do coração também.

Pesquisadores descobriram cada vez mais ligações entre problemas de saúde mental e maior risco de doenças cardíacas, já que os transtornos mentais podem afetar seu comportamento.

Por exemplo, você pode ter menos probabilidade de fazer exercícios regularmente ou mais probabilidade de beber muito álcool se estiver se sentindo deprimido. Além disso, alguns problemas que afetam nossa saúde mental, e certos transtornos mentais, também podem desencadear mudanças físicas no corpo que podem elevar o risco cardíaco de várias maneiras.

Estresse
O estresse de longo prazo pode aumentar a pressão arterial, reduzir o fluxo sanguíneo para o coração, diminuir a capacidade de bombeamento do coração, desencadear ritmos de bombeamento anormais e ativar o sistema de coagulação do sangue e sua resposta inflamatória.  Durante a pandemia, as pessoas desenvolveram a cardiomiopatia de estresse – um enfraquecimento do ventrículo esquerdo do coração acionado emocionalmente.

Experiências traumáticas de infância
Experiências traumáticas da infância, como ser negligenciado; sofrer abuso físico, sexual ou emocional; ou testemunhar violência em casa são conhecidos pelos profissionais de saúde como experiências adversas na infância.

Depressão
A depressão praticamente dobra o risco de desenvolver doença arterial coronariana, de acordo com um artigo de revisão. Outros estudos mostram que pessoas que já têm doenças cardíacas têm três vezes mais probabilidade de ficar deprimidas do que outras pessoas.

Hostilidade e raiva
Pessoas que costumam ficar zangadas têm duas a três vezes mais chances de ter um ataque cardíaco ou outro evento cardíaco do que outras pessoas.

Isolação social
As evidências mostram que homens e mulheres que vivem sozinhos têm uma probabilidade significativamente maior de ter um ataque cardíaco ou morrer repentinamente de um.

Mas  o que fazer?
Se você está lutando com qualquer um desses problemas, existem coisas que você pode fazer para melhorar sua saúde mental e, potencialmente, sua saúde cardíaca também.

Primeiro passo procure um especialista em saúde mental para ajudá-lo a superar muitos desafios, incluindo traumas graves do passado. A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (projetada para quebrar padrões de pensamento negativos) e a medicação são apenas algumas das opções que podem ajudar.

Mude o estilo de vida com pequenas mudanças como adicionar mais frutas e vegetais ao seu prato ou caminhar pela casa podem ajudar. Tente encontrar atividades físicas de que goste e que possam ajudá-lo a se manter motivado.

Mantenha seu cérebro ativo com um hobby

Controle o seu estresse. Faça meditação da atenção plena, que incentiva a autoconsciência e o foco no presente. Exercícios regulares, dieta saudável e sono de boa qualidade também podem ajudar a manter os níveis de estresse sob controle.

Lembre-se sempre há tempo de mudar seu estilo de vida e ser feliz.

 

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