As delações recentemente trazidas à tona, ao se juntarem com todas as outras, já inclusas nos mais diversos processos e tendo como locomotiva a Lava Jato, adicionam mais um vagão no trem da corrupção que vem saindo do túnel em velocidade cada vez mais rápida.
Caberá à Justiça manter o trem nos trilhos até sua parada na estação final, protegendo-o das inúmeras tentativas de descarrilamento, da adição de ramais e desvios, bem como o uso de chicanes procrastinatórias do tempo de reabastecimento, ou ainda, a inclusão de novas estações que o forcem a efetuar mais paradas e atrasar sua chegada ao ponto final, que já será tardia pelo seu próprio tempo, como de comum aos processos no Brasil.
E o Poder Judiciário encontra-se em plena ordem de funcionamento e, também, com todas as suas garantias constitucionais preservadas.
No Executivo, que também se constitui de suas garantias constitucionais, temos um processo de desestabilização do Presidente que percorrerá por incansáveis declarações, petições, disse me disse, e por aí vai, carregado pelos interesses de quem quer ver o país quanto pior melhor, ou que tem o medo de que as garras da justiça o alcancem.
Então sobra o quê? Passa pela cara do Congresso, que funciona formalmente perante nossa Constituição, uma rara oportunidade de ter as rédeas do país em suas mãos. Uma excepcionalidade para recuperar sua imagem combalida e depauperada perante a sociedade.
Que o Executivo e os membros do Congresso que foram apontados resolvam suas questões na Justiça. O Congresso tem a responsabilidade de trabalhar para manter a marcha de recuperação que começa a se mover e não pode ser interrompida. Não pode ser interrompida em nome dos 14 milhões de brasileiros desempregados, não pode ser interrompida em nome das centenas de milhares de empresas que fecharam suas portas, não pode ser interrompida em nome do povo brasileiro que não suporta mais aumento de impostos, não suporta mais custear o rombo da previdência, não suporta mais ver o estado se apropriar do seu trabalho e quase nada dar em troca.
Que cada um de nós lembre aos nossos deputados e senadores de que a hora é agora. Eles não podem deixar escapar esta oportunidade de honrar seus votos em favor do Brasil. Deixem as picuinhas partidárias de lado. Não há tempo a perder, 2018 já está ai. Pelo Brasil, ao trabalho!!!
Nelson Soares Junior – presidente CDL Cuiabá