Ano passado desejei um feliz ano novo ao presidente no meu primeiro artigo do ano, dizendo que se as previsões do Lula se concretizassem, ele, dona Marisa, eu, você, caro leitor, e o povo brasileiro teríamos um ano melhor.
Para Lula e pra dona Marisa 2006 foi de fato um grande ano. A reeleição demonstrou que se as previsões do presidente não se confirmaram totalmente, o povo se satisfez com o que conseguiu realizar, e ainda sinalizou que vai continuar acreditando nas suas novas previsões.
Para mim, particularmente, 2006 foi um ano produtivo. No saldão que fazemos, com os balanços todos, etc., acho que o resultado foi positivo. Não exageradamente positivo. Os economistas utilizam cores para determinar o resultado das equações contábeis. Vermelho é igual a prejuízo. Azul corresponde a lucro. Preto representa que as contas fecharam, mas não sobrou nada. Acho que estou entre o preto e o azul. Um tipo de azul escuro, meio acinzalado. Ou um preto azulado, como queiram.
O importante mesmo é que entro em 2007 com mais esperanças do que imaginei que pudesse recuperar. Esperança no segundo governo do presidente Lula. Esperança no segundo governo do governador Blairo Maggi. Esperança no mercado profissional em que atuo. Esperança no povo brasileiro. Esperança! Esse princípio realizador, criador, produtivo, que faz girar a roda da história e espocar o coração dos jovens e dos apaixonados.
Ter esperança é mais ou menos isso: antes de tudo, se manter jovem, apesar da idade. Rejuvenescer-se, nunca perder a empolgação e o entusiasmo, olhar para a frente, encontrar forças para seguir adiante.
Este ano o presidente Lula novamente me inspirou ao meu primeiro artigo do ano. Disse ele em seu discurso de posse que vai fazer um governo igual, mas diferente.
Igual na opção pelos pobres, mas diferente na execução da sua política econômica e social. Igual na sua opção pela democracia representativa, mas diferente na relação institucional com as forças políticas, dentro e fora do Congresso. Igual na sua vontade de acertar, mas diferente na sua experiência para cometer menos erros.
E farei igual ao ano passado, desejando ao presidente Lula que de fato consiga levar a efeito o trinômio que escolheu como mote (aqui entendido como bússola) para seu segundo governo: acelerar, crescer e incluir.
E de novo, ao fazê-lo, penso que se tudo isso se confirmar, 2007 será um ano melhor para ele e dona Marisa, para mim, para você, meu caro leitor, e sobretudo para o povo brasileiro. A diferença é que tenho mais esperanças hoje do que um ano atrás.
P.S: Aproveito para agradecer – e retribuir – a todos os que me enviaram mensagens e votos de feliz ano novo. Um ano de bem-aventurança a todos e todas.
Kleber Lima é jornalista e analista político em Cuiabá.
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