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Haja paciência 2

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Acabo de saber que, inspirados por meu artigo da semana passada (Haja Paciência), um grupo de profissionais liberais está preparando um adesivo para afixarem em seus carros com os dizeres “Tô de saco cheio”. Ora, vejam. Não tinha essa intenção. Contudo, o que me parece, inclusive pelo grande número de manifestações que recebi por e-mail, telefone e pessoalmente, é que a paciência de muita gente não agüenta mais tanta incoerência e hipocrisia.

Olhe essa da oposição. Tentou fazer da CPI do Cartão Corporativo sua nova Guerra Santa contra o governo do presidente Lula. Achou, pela enésima vez, que agora conseguiria, finalmente, desestabilizar o governo, na velha tática do “sangra mas não mata”.

Pois bem. Bastou que viessem a público os gastos nada modestos da turma do governo do ex-presidente Fernando Henrique, inclusive da ex-primeira dama, para a oposição se perder pelo caminho, e passar a acusar o atual governo de fascismo, terrorismo, antidemocrático, etc.

Essa situação remete a quando alguns próceres tucanos foram acusados de envolvimento com a Máfia das Sanguessugas. Em vez de provarem que nada tinham a ver com o esquema de desvios de verbas para a Saúde Pública, passaram a acusar o tal Dossiê, supostamente montado pelo PT, para denunciá-los.

Ou seja, culpam o sofá pela traição da mulher. O mérito das acusações, tanto naquele quanto nesse caso, não importa à oposição no Congresso Nacional. A boa denúncia é aquela que pega apenas e tão somente nos petistas. Se pegar a oposição vira armação.

A rigor, o que a sociedade deve exigir é tratamento igual para situações iguais ou semelhantes. Se os cartões corporativos, implantados pelo governo do PSDB, comprometem a moralidade pública, a questão é saber se é possível aperfeiçoá-lo e corrigir suas falhas. Caso negativo, então a decisão deve ser extingui-lo de vez. Da mesma forma, se é para investigar seu uso, que essa investigação seja extensiva a toda a sua existência, que não é tão antiga assim, não discriminando governos nem agentes públicos, que são todos iguais perante a Constituição, em deveres e direitos.

A oposição também acusa o presidente Lula de déspota e antidemocrático por reagir aos ataques que recebe. Como um homem que perdeu três eleições antes de chegar à presidência, e que depois se elegeu duas vezes pelo voto direto, totalizando, nos quatro turnos, quase 200 milhões de votos, pode ser acusado de antidemocrático?!

P.S.: De um sujeito enrustido e embusteiro como o Antonio de Souza eu nunca esperei outra reação, senão a malevolência, inveja e despeito. O debate era o por quê do ‘Dragãozinho’ – como é conhecido na intimidade o articulista -, considerar Walter Rabello (que não é meu cliente) um ‘abusador’ dos meios comunicação, e ao mesmo tempo enaltecer Maksuês Leite, uma vez que ambos apresentam mais semelhanças que diferenças (são deputados do mesmo partido, apresentadores de programas populares e pré-candidatos a prefeitos de suas respectivas cidades). Mas, definitivamente não dá para fazer um debate honesto com gente desonesta.

Kleber Lima é jornalista em Cuiabá e pós-graduado em marketing.

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