Para que um golpe exista é preciso que se tenha uma vítima que geralmente é alguém que quer levar vantagem. Para levar vantagem ela se rende ao possível ganho fácil que o golpista oferece.
Claro que o golpista tem a lábia para articular, envolvendo o emocional da vítima, ao ponto de coisas que para quem não participa do golpe pareçam absurdas.
Quando você tem um golpista profissional, encabeçando um golpe coletivo, contra uma ou mais vítimas, esse golpe precisa ser bem melhor desenvolvido. É preciso criar uma situação que seja tão convincente ao ponto de ludibriar os vitimados.
O ganho fácil atrai tanto que não se pode perder a oportunidade, e quem barganha algo maior não pensa duas vezes. Quando a armadilha do golpista é desarmada ai não tem escapatória. Mas depois que ela fecha vem o maior problema: a vítima percebe que fez papel de boba e não consegue entender como caiu de maneira tão idiota naquela conversa.
Quando envolvida num golpe vítimas geralmente perdem mais que valores materiais. Já o golpista some sem ser descoberto. Mas existem golpes que são dados de maneira escancarada! Aqueles golpes que são pra todo mundo ver mesmo. São praticados pelos golpistas dissimulados, aqueles que estão certos da impunidade. Eles são profissionais, sabem como atingir objetivos e ainda ter admiração por parte até mesmo de quem é golpeado.
Na prática de um golpe uma coisa é certa: a vítima também tem culpa! Ela praticamente se oferece para sofrer o golpe. Não importa o motivo, a vítima nem sempre é tão vítima assim. E o maior pecado da vítima é não ter percebido o golpista antes da prática criminosa e depois que ela ocorre não adianta espernear, chorar e nem gritar, pois todos irão olhar a vítima como uma besta que não viu o quanto estava sendo tola.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira é contador