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G20 e o terrorismo

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Líderes do G20, grupo formado pelos 20 países com as maiores economias do mundo estão  reunidos em Antalya, na Turquia para discutir  e analisar os principais desafios que afetam não  apenas esses países, mas  o mundo todo.

Diversos temas  constam da pauta dessas  reuniões do G20, incluindo a situação  da economia mundial,  com  destaque para a  recessão ainda presente em vários países, inclusive  o Brasil; a  inflação  que começa a acelerar em vários países; o desemprego, os subsídios que ainda são  oferecidos para as fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis e dificultam a viabilidade econômica das fontes limpas e alternativas, fundamentais para um desenvolvimento sustentável.

Na  segunda feira, 16 de novembro, o Presidente OBAMA concedeu uma longa entrevista  a mais de cem profissionais de imprensa de  vários países quando destacou  alguns  aspectos, considerados por ele como importantes e que foram discutidos na reunião de cúpula do G20.

Além das questões  econômicas  já mencionadas Obama  destacou tres temas que mereceram uma discussão  mais aprofundada: a)  a questão  do espaço cibernético,  guerra  e segurança  cibernéticas; b) a questão  das mudanças climáticas  e a conferência  do clima que deverá  ser realizada em Paris dentro de duas semanas  e a necessidade de um avanço para não apenas controlar as emissões de gases que provocam o efeito estufa, mas para conseguir um acordo para a sua redução signficativa, e, finalmente, c) o combate ao terrorismo, principalmente  a partir  dos atentados  praticados pelo Estado Islâmico no último final de semana em Paris.
Praticamente  todos os questionamentos dos profissionais de imprensa  presentes na  coletiva versavam sobre  este ultimo tema. Os principais  questionamentos apresentados ao presidente Americano estavam direcionados principalmente  sobre a  estratégia do governo Obama que se recusa a enviar tropas americanas para combates terrestres.

Além de  caracterizar o Estado Islâmico  como a face do demônio, Obama enfatizou alguns aspectos importantes nesta Guerra. Primeiro, a necessidade de uma maior cooperação entre os diversos países, principalmente os que integram o G20,tanto em relação aos meios militares, inteligência quanto no estrangulamento econômico e diplomático, bem como reduzir até extinguir o espaço do que pretende o ISIS que deseja transformar-se  em um califado,  com território definido e governo constituído.
Obama fez questão de defender também que o mundo occidental seja solidário e apoie uma solução para mais de um milhão  de imigrantes sírios que estão  sendo perseguidos e mortos pelo ISIS, independente de que  esses  refugiados sejam mulçumanos, cristãos ou de outras religiões. Reafirmou também que o ISIS  não  representa o islamismo, mas apenas  um  grupo  terrorista composto de fanáticos e assassinos.
Finalmente OBAMA disse que em face do terrorismo seu governo tem dois grandes objetivos  estratégicos: primeiro, manter a segurança física do território Americano, incluindo a população e os interesses nacionais dos EUA  ao redor do mundo e, segundo, negar  espaço de ação para o ISIS  tanto na Síria e Iraque,  destruindo suas bases de treinamento, suprimentos de armas e sua base econômica e financeira, procurando também  eliminar seus líderes  como aconteceu com a Al Qaeda, principalmente após o assassinato de seu líder maior, Osama Bin Laden, praticamente o fim do  referido grupo terrorista.

Como última mensagem Obama disse que com certeza  `a medida que tanto Kurdos, quanto outros grupos insurgentes  que lutam contra o Governo sírio conseguirem re-conquistar esses territórios,com certeza o ISIS  irá se transformar em apenas um grupo terrorista sem território e com toda a certeza não  terá espaço  para planejar suas ações e treinar seus membros e que o governo Americano e outros países aliados irão combater  o ISIS ao redor do mundo  até que o mesmo seja totalmente derrotado e desapareça.

Neste sentido OBAMA  afirmou que até o momento 65países já se comprometeram  a juntarem-se aos esforços Americanos e europeus para que  esta Guerra, que tem seus objetivos  e estratégias diferentes de uma Guerra convencional, que  será de longa duração,  possa ter  êxito e devolver a paz tanto ao Oriente médio, norte da África quanto na Europa e em outros países, enfim, levar este combate decisive a todos os locais em que o terrorismo tente impor suas práticas e ações suicidas. A paz verdadeira e duradoura somente será possível com a eliminação do terrorismo que tanto medo e pavor acarreta `as pessoas e `a população em geral.

Juacy da Silva –  professor  universitário, fundador, titular e aposentado UFMT,  mestre  em sociologia, articulista e colaborador  de jornais, sites e blogs
[email protected]
Twitter@profjuacy Blog
www.professorjuacy.blogspot.com
 

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