Dia 21 de maio de 2007, uma data histórica para o município de Sinop. Depois de uma semana tumultuada a população se preparou para o confronto. A disputa seria em torno de um embate de idéias.
A platéia, tímida, talvez já sabendo que com qualquer placar seria ela a grande prejudicada, comparece em grande número e fica aguardando o início do jogo. Coisa difícil de acontecer em um campeonato que tem uma partida por semana e geralmente não desperta interesse.
Os atletas da oposição e da situação aquecem bastante. O jogo começa e os times estão se estudando. A torcida acomodada espera ansiosa pela bola na área, mas o jogo fica truncado no meio campo.
A primeira bola fora é em uma jogada de “bicicreta”, que arranca gargalhadas de quem assiste. Depois do lance a bola fura.
Entramos aí na parte do jogo que podemos definir como grande expediente. Agora sim, com bola nova, ou poderíamos dizer com a bola da vez em campo, a partida desperta a angústia de quem não pagou ingresso, mas que para manter os times tem que gastar muito.
Com a bola nos pés, o atleta da situação entorta a defesa da oposição, mas não faz o gol. Ele ficou driblando pra lá, fintando pra cá e não definiu a jogada. Depois na segunda oportunidade, quando entra em campo a atleta da situação (aqui homens e mulheres podem jogar juntos), esta sim com disposição para atacar, chega toda pomposa. Botando banca mesmo. Foi logo tentando confundir todo mundo, fazia muita finta, mas não concluía.
Mas todos sabiam que dali sairia alguma coisa. Poderia não ser um gol, mas que aquela seria a grande personagem da partida ninguém que tenha acompanhado outros jogos tinha dúvida.
Não demorou muito e endiabrada ela partiu pra cima, além de humilhar o adversário, tripudiar sobre a platéia, ela fez mais, ela joga a bola para arbitragem e por incrível que pareça, quem tem o dever de comandar o espetáculo e expulsar o infrator toma uma atitude no mínimo questionável. Pega a bola e acaba com o jogo. O público vaia, xinga, mas acaba saindo como sempre, derrotado.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira é contabilista.