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Fazer planejamento é uma necessidade

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Dependendo de nossa postura perante a Administração e perante os outros que nos rodeiam, assim o planejamento que faremos. Ou seja, se estivermos enxergando a Administração como se ela fosse uma ciência exata, a nossa preocupação maior na tarefa de planejar serão os números, os elementos físicos, como quantidades produzidas, vendas, margens, lucro etc.

Porém, se considerarmos a Administração como uma ciência humana, o nosso enfoque estará voltada para as pessoas, para aqueles com quem nos relacionamos, para os outros, de uma forma geral. Neste enfoque, o planejamento é mais difícil de fazer, exige maior número de hipóteses, de desdobramentos, será bem mais flexível e se tornará ao final mais parecido com um conjunto de opções possíveis do que com um manual de normas e regulamentos. Mas será mais humano, mais aberto, mais participativo e terá melhor aceitação por parte dos seres humanos que forem obrigados a segui-lo.

Infelizmente não é isso o que ocorre na maior parte das empresas. O planejamento costuma ser um exercício de cálculos, de contas, sem nenhuma preocupação com as pessoas. Ou seja, parece que na maior parte das empresas a Administração é considerada uma ciência exata.

Dessa forma percebe-se claramente o porquê da nossa dificuldade em fazer um planejamento voltado para as pessoas. É uma questão de cultura, algo tão arraigado em nós, tão óbvio, que não conseguimos nem discutir.
Mas será que existe mesmo alguma vantagem em fazermos o planejamento voltado para as pessoas? Será que vale apena enveredarmos pelo caminho tortuoso e inexplorado do pensar humano? Uma forma de obtermos essa resposta é irmos às origens e procurar resgatar o sentido primordial de administrar e o planejamento.

Administrar é conseguir objetivos através de pessoas. Planejar é olhar para o futuro e traçar um plano de ação. Nestas simples definições salta aos olhos a importância que têm as pessoas para o administrador. Se tiver que determinar uma meta de vendas, por exemplo, qual será a maneira que dará melhores resultados? Calculando progressões e regressões de dados anteriores, dados da conjuntura, dados hipotéticos e futuristas, que resultarão numa cifra, ou conversando com as pessoas envolvidas, os vendedores, promotores, balconistas e procurando obter com eles, isto é, juntando a minha opinião com a opinião deles, conversando e ao final concordando numa meta comum? Como você se sente melhor, no seu trabalho.

Não se trata aqui de defender o paternalismo para o funcionário, mas sim de uma tomada de posição perante os outros, abrindo mão de nossas verdades, e aceitando as opiniões alheias com o mesmo peso de nossa. Isto é respeitando cada ser humano na sua integridade, como sendo todos pares, sem aquela ascendência natural que cada um de nós quer ter sobre os demais. Assim, qualquer decisão, qualquer plano de ação, qualquer olhar para o futuro, qualquer ação no presente, sempre deverá levar em conta que nós, administradores, estamos lidando com homens e mulheres, pessoas que têm a sua particular maneira de pensar e agir.

Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá

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