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Faculdade em Chapada dos Guimarães

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Na semana passada, milhares de pessoas visitaram Chapada dos Guimarães para curtir o carnaval. Isto, apesar do descaso do Poder Público que decidiu não apoiar o evento. Mas a sociedade chapadense – junto com milhares de mato-grossenses e turistas de outros estados – fez essa festa acontecer.

O difícil é acreditar que a prefeitura de um município como Chapada dos Guimarães, que necessita do turismo para movimentar sua economia, vire as costas para o carnaval – um grande atrativo — dessa maneira. Pior ainda é constatar que além de não incentivar oportunidades de fomento à economia, a cidade não tem um plano para o pós-carnaval.

Infelizmente, os últimos gestores de Chapada dos Guimarães não apresentaram um projeto que vislumbre a oferta de empregos e a geração de renda para a população fora das épocas festivas. Com vocação para o turismo, minha bela cidade – resido em Chapada há mais de 16 anos— necessita de infraestrutura para atrair o turista o ano inteiro, mas também precisa de alternativas fora deste eixo.

Nosso município pode e deve se inspirar em cidades que usaram a educação como opção para movimentar a economia. Um belo exemplo é a também cidade-turística Campos de Jordão, São Paulo. A implantação de uma faculdade foi o que transformou a cidade. Anualmente, centenas de jovens de todo o país desembarcam no município do interior de São Paulo para estudar hotelaria.

Chapada dos Guimarães pode ser assim! Temos que buscar os bons exemplos que vem de fora. Assim, durante os dias de semana, a cidade terá vida.

Dentre as opções de fomento à economia de Chapada dos Guimarães, observo que a implantação de uma universidade – com os cursos de hotelaria e turismo, por exemplo – faria com que centenas de jovens estudantes tivessem a oportunidade de aprender no melhor laboratório que a natureza pode oferecer e oferecer ao município expectativas de renda.

Podemos receber jovens de todo o interior de Mato Grosso, que sonham com a profissão, e que não têm condições de ir buscar qualificação em Campos do Jordão, por exemplo. Os alunos dessas universidades, inclusive, com apoio da prefeitura, poderão estagiar nos festivais que ocorrem em Chapada dos Guimarães – como Festival de Inverno, só para citar um – e assim o turista teria mão-de-obra qualificada.

Trata-se de uma opção viável em que todos iriam se beneficiar: o comércio aquecido, vagas para universitários, melhoria de atendimento ao turista e uma cidade produtiva.

Para tanto, é preciso da iniciativa do Poder Público. Como a prefeitura poderia ajudar na implantação da universidade? É preciso “provocar” órgãos públicos ou empresas privadas. Procurar os representantes das instituições de ensino superior e oferecer ajuda, como, por exemplo, a doação de um terreno. A iniciativa deve partir dos nossos gestores, que devem ser mais ativos, ao invés de ficar aguardando as boas ideias surgirem.

Odette Trechaud é presidente do Bairro Bom Clima, filiada ao PV e moradora de Chapada dos Guimarães

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