Envelhecer é natural, porém, envelhecer bem e com saúde, melhor ainda. Essas palavras são dos médicos com especialização em cardiologia, vasculares. É fato. A pergunta que fica é: “Como envelhecer com saúde, e obter a qualidade de vida? Seria fácil responder essa pergunta, não fosse pensar que o mundo de hoje anda muito perturbado em todos os sentidos: socialmente, politicamente, culturalmente e economicamente. Vamos tentar descrever um pequeno trecho de cada um.
Começando pelo social, o povo anda muito desunido por conta da política que cravou “ódio entre esquerdistas e direitistas. Por conta disso, os nervos da sociedade têm aquecido tal qual um vulcão. Ela não consegue sorrir, cumprimentar as pessoas com o coração, com olhos nos olhos ou, até mesmo, concentrar seus afazeres do dia-a-dia com a serenidade precisa. Em segundo lugar vem a parte política que cotidianamente, sucessivas denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e tantas outras falcatruas, de atos de irresponsabilidade, que fazem jus o enojamento da sociedade. Por conta de uma ambição insana, pérfida ignorante e sem o mínimo de caráter, a classe política, salvo os que não sofrem de insônia, têm o cinismo de subir em palanque para pedir voto em época de eleições. Dentro desse mesmo plano de descredito, paralelamente, o judiciário se vê na berlinda em função das atitudes e decisões que parecem beneficiar bandidos de qualquer natureza. Lamentável.
Pelo lado cultural a vergonha também se aflora de maneira singular, se fazendo de inocente. Todavia, não se pode dizer que a falta de cultura da sociedade lhe seja por falta de interesse. Considerando que a grande maioria não tem recursos par estudar em bons colégios, com infraestrutura compatível com as necessidades que o ensino exige, ela caminha com a ajuda de Deus e, se puder assinar o próprio nome, já vai lhe servir ter uma identidade plausível. Outro motivo para a falta de cultura da sociedade são os meios de comunicação que incentiva a indústria ao consumismo de obras indecentes, sem nenhum conteúdo significativo, que a sirva de conhecimento e a obrigue a raciocinar. Afinal, queimar fosfato pra quê? No mesmo corredor desta realidade, também há, de forma ríspida, a falta de políticas públicas que obrigue as entidades educacionais, configurar um modelo padrão de ensino. Diante desse quadro reflexivo, é oportuno lembrar que parte dessa sociedade respira a ideia de que não é interessante para a classe política que o povo seja inteligente, capaz gerir suas próprias ideias dentro de um contexto literário que a realidade mastiga, mas não engoli.
A questão econômica esbarra nos degraus citados: a política, a questão social e a questão cultural. É fácil entender que, quem não tem estudo, teoricamente, terá dificuldades na vida para, por exemplo, arranjar emprego. Soma-se a essa triste realidade o fato de que esse elemento está sujeito a viver em intrigas dentro da família, se envolver com drogas, e outros problemas que não facilitam uma vida familiar satisfatória, harmoniosa, elementarmente, construtiva. Todavia, também não se pode ignorar que as condições para a tal “Qualidade de Vida”, torna-se impossível o sonho que, nem dormindo, seria possível.
No retorno da nossa conversa, como pensar em envelhecer bem e com saúde, se mal conseguimos digerir o cotidiano sem as condições mínimas de sobrevivência? Se mal se pode pensar no dia seguinte, se o “Agora” é um tormento e, desse tormento, a incerteza, a baixa estima, a depressão e tantas situações degradáveis capazes de chegar a pensar qu Deus não existe e nunca existiu.