sábado, 7/setembro/2024
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Encontrei o que estava perdido

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No mês de setembro temos como tradição na Igreja Católica, celebrar o mês da Bíblia no Brasil. Esse costume vem do fato de que no dia 29, celebramos a morte de São Jerônimo, o tradutor da Bíblia do grego antigo e do Hebraico para o Latim.

Para orientar o leitor das Sagradas Escrituras cada ano a equipe coordenadora propõe um lema e um determinado livro da Bíblia para ser estudado, refletido, seja individualmente como nas comunidades. Para este ano foi indicado o Evangelho de Jesus segundo Lucas sob o prisma do discipulado-missionário, como o lema: "Alegrai-vos comigo, encontrei o que estava perdido" (Lc 15)

"Há muito, Deus tem tentado esclarecer ao homem, acerca do seu grande amor por nós. A ovelha perdida, é uma parábola contada por Jesus, afim de mostrar a busca incessante do pai por seus filhos. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. O sopro do pai o fez vivente. Somos seus filhos. Jesus começa ilustrando a disposição do bom pastor, que na falta de uma ovelha, somente uma delas, sai e enfrenta o que for preciso para a resgatar e a trazer em segurança ao aprisco. E foi isso mesmo que aconteceu. O pai nunca rompeu a sua relação com o homem. O ser humano foi quem se perdeu, se distraiu, não teve atenção suficiente e errou o caminho".
Nesta perspectiva de encontrar o caminho de volta, a Palavra de Deus é a bússola que orientará com certeza ao rumo do amor infinito de Deus. E no retorno à casa, ao aprisco das ovelhas a alegria se transformará em festa, amigos e vizinhos serão convidados para se alegrar por uma única ovelha que voltou, que foi encontrada.
Ao mesmo tempo que a Palavra de Deus, na Bíblia é bússola, não podemos esquecer de que ninguém vive sozinho. A presença de um amigo, de um irmão, para caminhar juntos será fundamental, a fim de sentir no retorno a força para chegar. Como faz bem, como é indispensável um Cirineu, para apoiar e dividir o pesa da cruz.
Cada um nós tem uma história, uma vida que vai sendo construída a cada momento. Na dinâmica do caminho somos interpelados de todos os lados, por propostas encantadoras.

Porém nenhuma propõe em primeiro lugar a cruz. O Mestre Jesus ao fazer a proposta do seguimento dele deixa claro: "Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me" (Lc 14,26). No mundo ninguém fala em renúncia, em cruz, em perseguição, tudo é festa, tudo é feito para viver um paraíso terrestre, onde tudo termina aqui. Toda escolha exige renúncia, perdas, e também ganhos, com uma pequena diferença, que tudo se encaminha para o paraíso celeste, onde tudo será uma festa eterna.
Nunca e ninguém pode substituir ninguém no caminho da felicidade aqui e no outro mundo. Não existe representação e muito menos delegação. Somos todos convidados em primeira pessoa e julgados como indivíduos agraciados e amados desde toda a eternidade.

O Deus que nos amou e ama nos chama para ir contra a corrente do mundo, das ideologias alienantes, das doutrinas modernas, e do modernismo facilitador de tudo. É preciso coragem para retomar o caminho. Faz-se necessário renunciar as coisas de Deus e ficar com o Deus das coisas. Alegremo-nos por uma só ovelha que volta ao colo do pastor.

Irmã Maria Helena Teixeira – religiosa em Sinop

 

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