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Eleição na UFMT

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No próximo dia 16 deste mês será eleito o novo corpo diretor da Universidade Federal de Mato Grosso para os próximos quatro anos. Será um mandato desafiador, tanto quanto os primeiros lá na década de 1970, porque o Brasil passa hoje como naquela época, por grandes transformações. Mas aqui em Mato Grosso o futuro próximo pedirá uma universidade ativa e atuante na construção de um monte de cenários perfeitamente visíveis. Vou citar dois, entre tantos. A produção de grãos, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária-IMEA, em 2015 (daqui a dez anos) será 88% maior do que. E o de carnes será 88,5% maior.

Ora, todos sabemos que exportar commodities não dá futuro. É preciso o que o segundo cenário seja desenvolvido para agregar valor à produção primária: a agroindustrialização. Isso pedirá recursos humanos adequados e a produção de conhecimento regional para desenvolver inovações e tecnologias necessárias. Papel de quem? Da universidade! Mas a universidade precisará querer contribuir. No geral, a sua história, tirando os primeiros anos, é de resistência contra. Contra a ocupação, contra o uso da terra, dos recursos naturais, contra a produção econômica. Mas como ser contra se não contribuiu para a solução de todos esses "contras"?

A sociedade que sairá desse descalabro que virou o Brasil, será mais amadurecida, como talvez em nenhuma época anterior e desejosa por transformações reais. As universidades seriam, em tese, os laboratórios do novo pensamento brasileiro. Será mesmo? Poderão ser se saírem do corporativismo territorial confortável dos campi e encararam a realidade do Estado. Esses perfis econômicos e sociais do Brasil e de Mato Grosso serão maravilhosos laboratórios para a academia contribuir usando o seu conhecimento científico. Bom lembrar que as universidades públicas são financiadas pelo dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos. Logo, ela precisa ser pública, e deixar de se sentir como se fosse um feudo limpo dentro de um mundo sujo. E deixar as ideologias dentro dos velhos livros da política antiga. O tempo novo é agora!

Os próximos quatro anos agradecerão uma reitoria lúcida com a realidade, capaz de falar com as pessoas sem preconceito. E de formar gente pra um mundo novo que deságua aí diante dos nossos olhos. Volto ao assunto amanhã.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

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