sexta-feira, 20/setembro/2024
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Educação inclusiva

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Inicialmente abordaremos os aspectos holísticos na educação inclusiva, temos as referências e o conceito próprio: a sociedade aberta às diferenças é aquela em que todos se sentem respeitados e reconhecidos nas suas diferenças. Para tornarmos a sociedade inclusiva como sociedade comum devemos ter espaços adequados para todos, isto significa que as diversidades entre cada pessoa deve ser considerada.

Logo, ao reconhecer essas diversidades poderemos trabalhá-las para uma vida melhor deste ser humano, ou seja, uma sociedade para todos sem os receios e os preconceitos em relação a inclusão dos diversos tipos de deficiências ou diversidades encontradas em cada pessoa. Além disso, precisamos criar entre nós a solidariedade humanitária, onde as pessoas com deficiência são seres humanos e fazem parte da humanidade e de todas as atividades, sendo assim, devem ser tratadas com solidariedade.

Para isto deve-se ter a consciência de cidadania, quando dizemos isso nos fundamentamos nos deveres, nos aspectos políticos, sociais, culturais, civis e econômico, perante esta consciência de cidadania o direito do cidadão seja ele quem for, deve todavia ser valorizado e respeitado para que tenhamos uma sociedade melhor. Devemos então, nos preocuparmos com a melhoria da qualidade de vida das pessoas deficientes, isto de uma maneira de um todo, desde o cumprimento a legislação, o direto à cidadania, investimento econômico e o combate ao preconceito com as deficiências, todos esses elementos sem dúvidas são fundamentais para a concretização deste modelo de sociedade.

É necessário que haja uma reflexão sobre esta questão, não devemos omití-la mas sim termos uma posição política e solidária que contempla no cumprimento dos direitos humanos, portanto devemos e podemos participar ativamente desta proposta nos atos de não discutirmos os seres humanos, pois isto é uma maneira arbitrária e desumana. No nosso ponto de vista incluir é acreditar que todos têm o direito de participar ativamente das atividades de nossa sociedade em geral e para isto devemos investir em melhorias na informação e formação especializada para construirmos uma sociedade inclusiva, sistemas educacionais inclusivos, acesso ao trabalho que inclui a cidadania.

Na questão escolar, por exemplo, as instituições: família, escola e sociedade devem por meio de um projeto pedagógico elaborado coletivamente, lidar neste alicerce com as formas da diversidade e da diferença significativa de cada um e assim todos assumem o seu papel na linha da história ao construir uma sociedade inclusiva. Na atualidade encontramos dificuldades perante esta proposta inclusive em um sistema de visão capitalista, que visa o lucro, o ter, o parecer ser, muitas vezes lidam com esta questão de uma forma hostil e desumana, este é um paradigma da nossa sociedade contemporânea, precisamos construir juntos esta perspectiva holística de ver o mundo.

Consequentemente a diversidade não pode ser vista como indiferente, mas sim com possibilidades de se interagir um com o outro. Diversidade não significa ser algo negativo em si mesmo, o ser humano se constrói no contexto sócio-cultural por este viés, o da diversidade. Se não fosse assim nossa sociedade viveria em uma condição extrema de caos. Imagine leitores se todos nós fossemos iguais, pensássemos iguais, ou ainda agíssemos iguais, seríamos assim cópias da cópia? Porém sabemos que é pela diversidade o grande conceito da vida humana, é produtiva e essencial para o desenvolvimento e melhoramento de nossa sociedade.

Pensamos que ao conhecer todas essas possibilidades, poderemos lidar com as suas limitações, a partir daí precisamos sair de nós mesmos, nos humanizar e analisar a nossa posição política diante a coletividade. Além disso fazemos parte de um meio coletivo e desta maneira deve-se pensar nos valores coletivos, devemos aprender a conviver com esta heterogeneidade e não discriminá-la, o principio de inclusão é  favorável a eliminação de posturas excludentes que se apresentam perante nossa sociedade.

Com certeza a inclusão social é um processo de implementação e inserção aos princípios e direitos à cidadania, desta maneira este processo contempla as várias partes de nossa sociedade como a educação, a família, a religião, as artes, o lazer, o mercado de trabalho e outros. Neste dilema cabe a nós confrontarmos as atitudes excludentes que não levam a sociedade a melhorias significativas e sim ao detrimento e ao ato mais desumano e cruel. Nossa discussão sugere que devemos estar atentos perante nossa realidade e termos uma postura mais humana, porém não estamos dizendo que devemos concordar com as políticas assistencialistas oferecidas pelo Estado, que muitas vezes por questões burocráticas e pelo descumprimento ao acesso à cidadania se permeia de leis para assegurar os direitos universais do homem.

Devemos assim ter uma visão política e atitudes que contemplem a universalidade de nossa sociedade, sabemos sim que os direitos não são iguais e por isso temos estas causas e conseqüências tão arbitrárias em nossa sociedade, visto que, a inclusão é o direito de todos participarem ativamente das atividades do nosso cotidiano e propomos uma mudança significativa de conceitos, ou seja, um novo jeito de agir eticamente e esteticamente, a medida que a diversidade é algo que contribui para a transformação de nossa sociedade.

Ana Rodrigues de Lara Souza, Antenor Parolin Júnior e Sâmela Siqueira Gomes Bormann são acadêmicos do 6º semestre do curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus Sinop.

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