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Conhecer o problema, faz parte da solução

José Marcelo Perez - auditor público externo em Mato Grosso - [email protected]
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A administração pública, há algum tempo, demonstra sinais de mudança. Os diversos mecanismos de controle e a evidente expansão das ações de controle social, impulsionam e forçam o gestor público a ter uma visão cuidadosa de suas decisões estratégicas. Nesse contexto deve-se valorizar o servidor, capacitando-o na operação do serviço público com foco na eficiência. Implementar métodos e processos de mensuração de qualidade de seus “produtos”, deve ser o objetivo almejado.

A busca incessante por melhores resultados evidencia a necessidade de equipes de gestão cada vez mais conectadas com as necessidades da sociedade. Entretanto para que esses objetivos possam se materializar, há a real necessidade de se planejar e monitorar o que foi alcançado.

O trabalho desenvolvido por algumas prefeituras de Mato Grosso, que acompanham suas estratégias (diretrizes de suas atividades nos diversos ramos de políticas públicas intrínsecas ao poder executivo) por meio de indicadores de esforço e de resultados, é fundamental.

Os indicadores de esforço, são aqueles que mensuram o quanto a gestão está empregando suas “forças” para entregar da melhor forma (valor, prazo, qualidade) os seus produtos, seja na área de saúde, educação, obras, entre tantas outras. Já os indicadores de resultado, medem o quanto estou entregando para sociedade desse produto (com base no que foi anteriormente traçado). Trazendo essas definições para o nosso cotidiano de uma forma mais simples, seria como uma pessoa que estabeleceu uma meta de perder 10 (dez) quilos em 6 (seis) meses (quantidade + prazo); a quantidade de quilômetros caminhados por mês seria o meu indicador (medidor) de esforço. Já a contabilização do peso perdido, seria o meu indicador de resultado. No caso, se essa pessoa perdeu 12 (doze) quilos em 6 meses, o resultado esperado (meta) foi alcançado.

Já dizia Peter Drucker, o pai da administração moderna, que: “o que não se mede, não se gerencia”. Essa célebre frase, tem muito a nos ensinar, pois gerenciar é o âmago da questão pública, é na maioria das vezes o “fiel da balança” entre disponibilizar políticas públicas efetivas e de qualidade ou não.

Uma boa gestão começa pelo desenvolvimento de ferramentas de acompanhamento de resultados que sejam capazes de aferi-los, com base no que foi planejado. Medir é essencial para se decidir, um banco de informações idôneo, passível de mensuração, é fundamental para que o líder possa ter subsídios na tomada de decisões. Além disso esse controle concomitante possibilita o implemento de ações adicionais, nos casos de não atingimento das metas, bem como a padronização de boas práticas observadas.

Conhecer bem as diversas problemáticas que envolvem a administração pública, é determinante para a “construção” da solução, tornando-se mais que necessária a implementação de indicadores. Estes precisam ser capazes de fornecer a real situação das políticas públicas locais, apontando para medidas que tempestivamente devem ser adotadas. Saber onde se está e onde se quer chegar deve ser o primeiro e o mais importante trabalho do gestor público.

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