Enquanto líderes mundias , cientistas, estudiosos, governantes e até o Papa Francisco voltam suas atenções para o desafio das mudanças climáticas, no Brasil o desmatamento da Amazônia, do Cerrado, a poluição urbana, enfim, a degradação ambiental corre solta.
Uma vergonha.
Os crimes ambientais estão ocorrendo em todos os Estados, como o aumento do desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado, onde Mato Grosso é o destaque negativo, classificado como o campeão do desmatamento e campeão do uso de agrotóxicos.
O desastre de Mariana, a morte de rios, a poluição do oceano Atlântico na costa brasileira, onde a Baia de Guanabara é uma vergonha, o maior deposito de esgoto do planeta, esgoto correndo a céu aberto na maioria das cidades, incluido Cuiabá,capital de MT, as queimadas que poluem, a geracão de energia por termo elétricas, altamente poluidoras, o uso abusivo de agrotóxicos.
Todavia nossos governantes continuam apenas com discursos demagógicos, muito blá blá blá e nada de concreto para que o Brasil possa ter , de fato, a SUSTENTABILIDADE como base de seu desenvolvimento. Ate quando?
Enquanto isso os poderosos usam tempo e dinheiro público para articularem esquemas criminosos que facilitam a corrupção e roubalheira dos cofres públicos.
Ainda bem que alguns desses poderosos: políticos, gestores públicos e empresários larápios e desonestos ja estão na cadeia, mas FALTA MUITA GENTE GRAUDA PARA VER O SOL NASCER QUADRADO. Isto e o que o povo quer de verdade.
A questão e a importância da SUSTENTABILIDADE como base do processo de desenvolvimento é fundamental para nortear a definição de políticas públicas e não apenas discursos oportunistas e demagógicos.
Observem como os organismos públicos voltados para as questões ambientais estão sucateados e a mingua de dotações orçamentários, sem condições de cumprirem suas funções, incluindo a de fiscalizar os crimes ambientais e outras ações importantes neste contexto das mudanças climáticas.
Nosssos governantes e gestores públicos falam demais e agem de menos, são coniventes com as práticas criminosas que destroem o meio ambiente, em busca do lucro fácil, desmedido e rápido.
As tais medidas "mitigadoras" são um grande engodo. As empresas recebem incentivos fiscais e creditícios para destruirem a natureza, poluirem, degradarem o meio ambiente e depois recebem mais incentivos para "recuperarem" de mentirinha o que elas mesmas destruiram.
Vejam um dado que comprova esta situação, há 17anos o valor máximo da multa a ser aplicado pelo IBAMA em caso de crimes ambientais, como ocorreu em Mariana, não é atualizado, ou seja, a inflação desse período deixa na prática a multa em algo quase ridículo. O valor máximo é de R$50 milhões, enquanto o Governo dos EUA puniu a BP – pelo desastre no Golfo do México em mais de US$22 bilhões de dólares.
Nossas Leis deveriam mudar para que seja possível punição de verdade aos responsáveis pelos crimes ambientais. Lugar de criminosos ambientais também deveria ser na cadeia, fazendo companhia para os corruptos.
Juacy da Silva – professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia,articulista de jornais, sites e blogs.
[email protected]
@profjuacy
www.professorjuacy.blogspot.com