sábado, 7/setembro/2024
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As imagens não falam; berram

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Pareceque a marca maior do governo Lula para aqueles que não dependam de suas bolsas seriamesmo a certeza de seu desprezo pela ética. Opresidente afirmou que as imagens do governador do Distrito Federal e de seusaliados embolsando dinheiro de corrupção, não falam por si e que o caso está naJustiça. Esta mesma que ele disse, e se esqueceu, que tem uma caixa-preta a seraberta que, também, não pune ninguém acima de prefeito. Mas só repetiu o que tem feito em todo seumandato, defender a impunidade dos aliados pilhados gatunando o dinheiropúblico.

Lulanega o mensalão ao ponto de insinuar um golpe, ainda que o processo delesesteja na mesma Justiça que ele agora confia e que dará a resposta na questãoda quadrilha liderada pelo governador do Distrito Federal. Afora aretórica antiética do presidente, era louvável a postura do governador Arrudaao assumir seu erro na violação do painel do Senado. Por trás estava um ator,tupiniquim, mas ator, pois estava fazendo algo muito mais grave. Pois ele sereferia aos filhos para demonstrar que tinha algo capaz de lhe trazerpreocupação com a sua dignidade. Agora, sabe-se que o filhinho acompanha o painas suas tramóias.

Oenvolvimento de familiares traz um agravante quanto aos valores morais, pelofato destes nunca participarem no sentido de coibir os atos de gatunagem, mas seunem para tirar vantagem das ações públicas criminosas de seus parentes. Ofilho do presidente virou milionário da noite para o dia, típico de mágica.

Sobre acorrupção já foi dito tudo e de há muito. Até capa da revista Veja já foi há maisde dez anos. Deste episódio deve-se destacar apenas o deboche com a religião, oargumento repetido das boas ações dirigidas aos pobres com o dinheiro, como seestes aceitassem algo que vem de corrupção. Mas, o fato de ter hierarquizado aescola do mensalão é o principal. Primeiro, o federal, depois, o estadual deMinas Gerais e agora o Distrital. Além da generalização das principais siglaspartidárias, a hesitação do partido em expulsá-lo sumariamente, por medo dasfitas se ampliarem. E a certeza de que, como antes, Arruda será mais um corruptopúblico impune que, fosse particular seria adequadamente chamado de ladrão.

Aocontrário do presidente da República, não tenho receio em afirmar, pois asimagens não falam; berram, tamanho o descaramento como se rouba dinheiropúblico neste país, pela certeza absoluta de que a alta Justiça brasileira abreprocesso, até muitos, gasta tempo, dinheiro e mão-de-obra, mas não pune ninguémdo andar de cima. E isto também está se tornando indecente, um achaque.

Pedro Cardoso da Costa, bacharel em Direito – Interlagos/SP

 

 

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