O chorar dos governadores ainda ecoam pelos microfones das coletivas de imprensa, são lamentações de todos os tipos, e dizem que vai durar por dois anos, mas o certo é que em 2020 já teremos eleições municipais.
A esperança do povo não têm limites e se renova a cada eleição, pois em cada eleição aparecem novas personagens especialistas em enganações e mestres em promessas.
E, com certeza nas eleições municipais de 2020 veremos todo tipo de candidatos, falando como se fossem professores em finanças públicas e com propostas de equilíbrio fiscal, e até apresentarão projetos com expertise em solucionar todos problemas da cidade, e ainda, aparecerá aquele que dirá que “nasceu para cuidar do povo”, mas logo ao eleger-se, dirá que tudo está pior do pensava, e se transforma em mais um chorão administrativo de ocasião.
Porque um cidadão troca a paz da sua vida privada, para envolver-se na política e não importando com os perigos da dureza da lei, das algemas da PF, do peso da caneta do Ministério Público. Será que estão em busca de emoções ou querendo a qualquer custo andar na corda bamba do grande circo que é o cofre público. Mas, muitos acreditam sinceramente que se cair, terá uma rede elástica composta de bancas de advogados a esperá-lo, e estes bem pagos, restabelecerá a sua honra e a sua dignidade.
Quantas vezes espelhamo-nos em outros, sem perceber quem somos realmente, muitos acham que as pessoas conseguem as coisas por sorte, mas não é bem assim; o povo, diferentemente dos políticos, se priva de muitas coisas boas na vida, ralam muito para poder evoluir e no futuro talvez, até um dia ser reconhecido como uma pessoa realizada.
Já na vida política as pessoas não são elas mesmas, às vezes exageram nas condutas impostas sem limites e deixando de respeitar sua própria formação e deixam de lado sua identidade própria e sua verdadeira história, transformando numa pessoa confusa e inventada pelos amigos de ocasião ou marqueteiros de eleições.
O político durante a campanha desconhece uma peça orçamentária e por isso, tem certeza que o orçamento é apenas um volume fictício que pode ser manipulado e usado ao seu dispor.
Mas, e o povo?
O povo vira eleitor a partir de agosto e em janeiro o eleitor transforma em povo novamente. Entenda: os eleitores são usados até o fim da campanha, e depois da posse, vem o choque de realidade e agora transformado em povo, será “engabelado” por quatro longos anos, com as propagandas de obras virtuais e a repetição de mentiras massificadas, que podem não virar verdade, mas faz com que o povo fique cheio de esperança cansada. A política é a vida coletiva, tudo que nos cerca envolve decisões políticas, e em cada eleição existe uma expectativa de mudança e esperanças, por isso, cabe a cada eleitor, saber escolher os seus representantes, pois são estes que decidirão individualmente por ele nas ações públicas futuras, e serão ações de relevantes importância para a vida do cidadão na cidade, no estado ou no país. A política às vezes se transforma em distribuidora de contaminações sociais, e o tempo entre uma eleição e outra, nós como eleitores diante da urna eletrônica honrar o nosso voto, e de eleição em eleição, somos chamados a exercer o nosso direito de votar consagrado na democracia.
Votar vira fenômeno repetitivo para nos prepararmos, ou não, sobre aquilo que almejamos dos administradores públicos, pois quando não há sonhos, a vida simplesmente passa e o tempo perde sua importância, por isso, não devemos esconder atrás da covardia e do medo de partir para o enfrentamento, pois na democracia temos o voto como remédio para mudar o que está errado e mandar os políticos desonestos para as suas casas ou para a cadeia.
Economista Wilson Carlos Fuáh – Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso
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