Uma das coisas mais interessantes que Aécio Neves poderia fazer neste início de 2016 seria uma coletiva de imprensa com as seguintes pautas. Passado: Como candidato derrotado, gostaria de reconhecer a vitória da candidata Dilma. Embora de forma tardia! Peço desculpas pelas decisões equivocadas que me acompanharam no ano passado e principalmente, desculpas ao eleitor que confiou o voto ao meu partido e a minha pessoa. Não soubemos absorver a derrota e nos aliamos aos que praticam o que somos contra: a corrupção.
Presente: Tenho trabalhado pouco, não tenho elaborado, junto com o partido, um projeto para mudar essa triste realidade na qual se encontra o país. E como sabemos que a presidente terá muita dificuldade em resolver a grave crise econômica, estaremos contribuindo com o governo. Não ajudando, pois somos oposição. Estaremos contribuindo de maneira clara: não iremos mais atrapalhar e ao mesmo tempo iremos criar aquilo que deveríamos ter quando nos apresentamos para presidência: um plano de governo.
Futuro: Temos convicção que da maneira como estamos não chegaremos ao governo em 2018 e para piorar poderemos ver o Lula como candidato e vencedor mais uma vez. Dessa maneira hoje estamos declarando nosso apoio, assim como fez a candidata Marina Silva naquele momento decisivo da eleição, ao nome dela para presidente em 2018, o PSDB ainda discutirá o nome e tem intenção de contar com o vice de Marina Silva. Por fim gostaria de deixar claro que somos contra a permanência de Eduardo Cunha e também contra a intolerância política.
A eleição acabou, e alimentar a política do ódio e do quanto pior melhor, não é bom nem para vencedores e muito menos para os perdedores, pois afinal de contas o Brasil vive uma democracia que precisa ser mantida, respeitada e ampliada para favorecer o maior número possível de pessoas e o crescimento de todos os brasileiros.
Magnos Lanes Bauken de Oliveira é repórter cinematográfico