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A vagância de liderança e o VLT

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso - [email protected]
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Hoje em dia, o se que vê, é uma grande carência de líderes na política, principalmente, porque as decisões são adiadas em nome de possíveis desgastes ou pensando nas próximas eleições.  O grande líder político é eleito pelo que fez durante o seu passado e por exercer a responsabilidade em promover mudanças, por isso, são eleitos para aplicar os seus planos de governo e propostas que apresentaram durante as suas campanhas, e por isso, foram eleitos porque tem a “suposta” capacidade de impactar tanto sua própria realidade quanto a realidade dos outros, através do protagonismo e da execução de obras que veem para transformar a vida do povo, para melhor e para modernizar as satisfações sociais dos seus liderados.

Mato Grosso já teve grandes líderes em sua história, mas neste caso do reinicio das obras do VLT está faltando decisão política, decisões estas, que veem naturalmente através de um grande líder, porque, cada um que assume o poder do estado, prefere decidir que não vai decidir coisa nenhuma, e como Pilatos, lavam as mão nas águas sujas do Rio Cuiabá.

Será que eles não sabem que, ao concluir as obras e com a implantação do transporte urbano através do VLT, a metrópole dará um pulo em qualidade: na fluidez do tráfego; na redução da poluição e nos acidentes, sem falar no conforto e segurança para a população que realmente precisa locomover para trabalhar e estudar.

O povo vive por anos a espera pelo VLT, e fica assistindo o tempo passar e a ouvir os falatórios dos políticos de plantão, e dia a dia, um fala e outro responde e a cada nova eleição aparece um salvador da pátria, que afirma: se eleito for eu concluo as obras do VLT e entregarei ao povo um transporte coletivo moderno e confortável.

Mas, após as eleições, vêm as dezenas e centenas de explicações, desculpas e transferências de responsabilidades, que os usuários do transporte público, já não tem mais paciência para esperar, e entre os sofridos trabalhadores que depende do transporte público para locomover até o trabalho, o senhor Paco, me disse: “ou os políticos alugam os meus ouvidos ou eu compro as línguas deles”.

E entre os falatórios dos políticos estão estes:
– a primeira declaração, foi a do Ex-governador Sinval, e essa, foi a mais dura e vergonhosa, pois veio através de Delação Premiada, abre aspas: “ eu e vários agentes públicos, fomos beneficiados com os desvios de recursos públicos na execução das obras do VLT”. O certo seria reaver esses valores, e reaplicá-los na própria conclusão das obras?
– as obras foram paralisadas e judicializadas em 2015, no inicio do Governo Pedro Taque, e este lançou está frase, abre aspas: “não vou esconder nenhum lixo moral para baixo do trilho”; mas não construiu nenhum palmo de trilho.
– a partir do início do Governo Mauro Mendes, a execução das obras do VLT, que já se encontravam paradas por quatro anos, teve um “suspiro de vida”, pois em junho/19 o TJ/MT, decidiu, pela rescisão do contrato com o Consórcio, e deu um prazo de 30 dias para novas licitações, e o Governador Mendes também lançou ao ar, a magnifica frase, abre aspas: “se alguém entre vocês, souberem onde encontrar R$ 1.000.000.000,00, diga-me, porque eu não sei.”
Nesses debates sobre o VLT, vimos de tudo:

– tem certo doutor que sabe tudo contra o VLT, mas apresenta apenas argumentos fracos, falhos e defendendo com veemência a venda dos vagões, que representa mais de 30% entre os valores já pagos, mas ele “quer por quer”, que o governo decida pela implantação do BRT, que nada mais é, que um ônibus com um puxadinho, mas fica a pergunta: quem vai usar o VLT, o “doutor” ou o “trabalhador”?

– tem ainda, “um certo”, comentarista de TV, que todos os dias, com a sua “voz impostada” apresenta a sua tese, afirma e reafirma que a tarifa será mais alta do mundo, e joga na cara do povo, a pergunta repetitivamente: “quem vai pagar o subsídio?”
– E, diz ainda: “olha”, “olha”, “olha”, a passagem irá custar de R$ 9,00 a R$ 8,00, mas não publica a sua tese, ou os seus estudos e/ou as suas pesquisas, mas com isso, ele está a propagar para a população Cuiabá e de VG, que desista do VLT, para “já ir” acostumando com a ideia de ir a pé trabalhar.

Será que não seria melhor programar pelo menos 10 Audiências Públicas com os usuários do transporte público, e que não se faça nos horários de trabalho, que sejam no Domingo, e coloque o Governador, os Prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande; o Presidente da Assembleia e os Presidentes Câmaras de Cuiabá e VG, fazendo com que eles passem pelo “Corredor Polonês” e tome um “choque de realidade”.

São os trabalhadores e os estudantes que precisam locomover por necessidade de trabalhar e estudar. Hoje pagam a tarifa mais cara do país e recebem serviço de péssima qualidade: ônibus com mais de 05 anos de vida útil; ônibus reformados e que passam como novos; ônibus sujos e com partes dos seus componentes internos quebrados, que são transformando em “rasga roupas”; sem falar nas estações que mais parecem pocilgas e os pontos de espera, que não protegem nem do sol e nem das chuvas.
Em todas as cidades em que foram implantado o sistema de transporte através do VLT, teve uma revolução no panorama da região onde passam o VLT, promovendo grande influência no desenvolvimento da cidade e com isso, obrigando os administradores do futuro, obrigatoriamente ter que desenvolver novos planejamentos de expansão a médio e longo prazo, pois com a operação do transporte moderno, e além dos impactos diretos que provocará na vida da população e no meio ambiente, no ruído, na diminuição de acidentes, melhora no tráfego e no consumo de energia, e diante de todas essas possibilidades de modernização e qualidade de vida para a população, ainda produzirá grande impacto na vida da população e também do meio ambiente, pois a cidade deixa para trás o ruído e o lançamento de gazes através do motores a Diesel, com isso, melhorando a qualidade do meio ambiente, onde as pessoas deixam de respirar os venenos poluentes vindos dos escamentos dos velhos ônibus e/ou do BRT.

O VLT, não será operado e administrado pelo governo, mas sim por empresa, que será habilitada, através de Concorrências Públicas Nacional e Internacional, o governo apenas fará a concessão por 30 ou 35 anos do transporte público, e ainda poderá fazer isenção ICMS de energia elétrica e outros benefícios a empresa vencedora, com isso, possibilitará a implantação de subsídios no valor das passagens.

Essa ausência de liderança com visibilidade para o futuro, será julgada pelos nossos filhos e netos, como irresponsáveis e como autoridades que deixaram de lado grande possibilidade de entra para história e ser um incentivador e mediador da transformação de realidades sociais no Centro da América do Sul, e que por ignorância e por orientações retrogadas, não promoveu a melhor condição de vida, para os usuários de um transporte ultrapassado, o que possibilitará a igualar aos usuários de transporte público praticado nos países mais desenvolvidos do mundo (obs: em todo mundo as passagens do VLT são subsidias).

 

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