Durante a campanha pela re-eleição a Presidente Dilma e seus marqueteiros tentaram pintar um quadro róseo da realidade brasileira, onde tudo estava ótimo e deveria continuar igual a uma illha da fantasia. Por mais que os candidatos de oposição teimassem em dizer que nosso país andava e continua a andar mal das pernas, a massificação e a difusão do medo como instrumentos de propaganda eleitoral . ao lado da exploração dos programas sociais como bolsa família renderam-lhe a vitória.
Passadas as eleições, tão logo concluida a escolha e posse do ministério, parece que a Presidente, juntamente com o chamado “núcleo duro do governo”, abriu e continua abrindo um enorme saco de maldades, castigando o povo, tanto quem não votou em Dilma por não acreditar em seu discurso de campanha, mas principalmente os incautos que lhe outorgarm mais quatro anos de poder. Aumento de impostos, congelamento do reajuste da tabela do imposto de renda, aumento de tarifas públicas, aumento do preco da gasolina, aumento dos juros, arrocho em todos os setores e outras coisas mais.
O slogam de seu primeiro mandato “Brsil sem miséria”, já que a miséria parece não ter sido reduzida em quase nada e tende a aumentar, seguindo o mesmo rítimo de sempre, onde a desigualdade de renda, riqueza e oportunidades continua um enorme fosso em nosso país, Dilma inovou ao criar um novo slogam para marcar seu segundo mandato: “Brasil, patria educadora”.
Aos trablhadores prometeu que tudo faria para que o país voltasse a crescer e deixasse de patinar em índices que nos quatro anos iniciais beiraram sempre crescimento zero e que nenhum sacrifício , a mais, seria imposto ao povo, incluindo a manutenção e ampliação dos direitos trabalhahistas. Mas parece que isto era apenas e tão somente discurso de campanha, a realidade que os trabalhadores começam a viver a partir deste ano é bem outra; inflação em alta, crescimento abaixo de zero, aumento do deficit public, desequilíbrios nas contas externas, e crescimento do desemprego.
Aos milhões que ainda dependem das migalhas dos programas assistencialistas como bolsa família, prometeu manter e ampliar essas migalhas, programas como bolsa família lhe renderam milhões de votos entre os eleitores menos esclarecidos e dependentes das benesses e favores do governo, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Quando o assunto era a corrupção, fosse na Petrobrás ou em outros setores da adminnistração federal, inclusive nas obras da COPA, ai sim, Dilma mostrava-se furiosa como se fosse uma candidata de oposição. Bradava aos quatro cantos e ainda brada, que não compactua com mal feitos , não tolera nem corruptos e muito menos corruptores e a cantilena por ai segue.
O caos na saúde e a escalada da violencia eram assuntos que para o povo seriam resolvidos logo ali, no apagar das luzes de seu primeiro mandato e no início de um novo governo e tudo seria resolvido, o Brasil em pouco tempo ostentaria padrões de primeiro mundo.
Entre a diplomação e a posse teve tempo suficiente para a troca de alguns ministros, loteando cargos em troca de apoio recebido por partidos e seus caciques durante a campanha e o apoio que irá necessitar no Congresso para continuar transformando o mesmo em mais um “puxadinho” do Planalto. Mas parece que para isto, a partir de fevereiro, terá que pagar um preço bem mais elevado do que no primeiro mandato.
Enquanto as contas públicas estão se deteriorando a olhos vistos, atingindo o maior deficit em décadas, nossa balança comercial continua aumentando o déficit, no ultimo ano o Brasil não conseguiu economia suficiente para ajudar no pagamento dos juros e encargos de uma dívida pública que cresce vertiginosamente. A dívida pública do Brasil deve encerrar 2015 em mais de 2,5 trilhões de reais e compromete metade do Orçamento Geral da União e não tem recursos para atender as demandas e necessidades da população.
A “Pátria educadora” pode ser representada por mais de meio milhão de estudantes que no último ano prestaram o exame do ENEM e tiraram ZERO em redação, apesar dos doze anos de governo do PT, a quase totalidade desses estudantes são fruto do governos Lula e Dilma. Para completer a tesourada que a Presidente e seu novo xerife do ministério da fazenda fizeram logo nos primeiros dias do segundo mandato, cortaram mais de nove bilhões do já minguado orçamento do MEC, o que garante que a educação, da mesma forma que a saúde e a segurança, jamais foram ou serão prioridades do PT, Dilma e Lula.
A coisa está tão complicada e feia que até Lula, o PT, Marta Suplicy e vários outros “companheiros” de outros partidos aliados como PCdoB, PMDB e outros mais estão com vergonha dessas trapalhadas e não ousam defender nem o governo e muito menos a Presidente.
Parece que a vaca está tossindo muito e indo definitivamente para o Brejo. Com isto as eleições de 2018 já estão batendo às portas e começa o “requiem” de um governo que praticamente nasceu morto.
Juacy da Silva, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia
[email protected]