Neste domingo, 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data é uma homenagem a um grupo de mulheres que morreram lutando por igualdade de direitos. Mais de 150 anos depois desta tragédia, a luta das mulheres para conquistar seus direitos ainda é grande. Muita coisa avançou do ano de 1857, quando as 129 tecelãs rebelaram-se contra a exploração e opressão da época, até os dias de hoje.
Atualmente, os movimentos femininos em prol dos direitos das mulheres não são mais tão evidentes, mas isso não significa que eles não aconteçam. A luta de hoje se dá dentro das empresas por igualdade de salários, dentro de casa pelo respeito e contra a violência doméstica, por mais participação na política, enfim, ainda há muitos motivos para as mulheres continuarem batalhando.
E cada mulher que avança nesta luta serve de exemplo para as demais, para que nunca desistam de ir atrás dos seus sonhos, dos seus desejos e, principalmente, dos seus direitos.
Trabalhando fora e respondendo por uma fatia importante do orçamento doméstico a mulher tem voz cada vez mais ativa na economia do país, porém a defasagem nos salários das mulheres chega a quase 30% a menos do que os dos homens. Mesmo desempenhando funções iguais, homens e mulheres ainda têm salários diferentes. A escolarização e a capacitação profissional representam importantes ferramentas na busca por essa igualdade. Muitas vezes a mulher abandona ou pára os estudos para cuidar da casa, dos filhos, do marido. Muitas não concluem os estudos porque precisam trabalhar para ajudar no sustento da casa ou até mesmo para mantê-la.
É justamente por isso que o Governo do Estado investe na Educação e na Saúde das mulheres, para promover cada vez mais a igualdade de gênero. Nos cursos de qualificação profissional e nos programas de elevação da escolaridade, as mulheres integram o público prioritário, principalmente as que são chefes-de-família.
Para que elas possam estudar e trabalhar, a segurança de onde os filhos estão enquanto as mães trabalham é essencial. É por isso que as mulheres também são prioridade na seleção dos contemplados com as casas populares construídas pelo Governo.
Além disso, o Governo também sancionou a lei que amplia para seis meses a licença maternidade. Agora, as servidoras públicas têm mais tempo para cuidar do bebê, garantindo a saúde e a segurança da criança. Com mais tempo em casa, as mães podem aumentar o aleitamento materno.
Políticas públicas que melhorem os cuidados na área de saúde para as mulheres também são prioridades. O Governo investe em campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, de planejamento familiar, de combate a gravidez precoce, de vacinação, no acompanhamento das gestantes e mães nutrizes, entre outras ações que objetivam reduzir os índices de mortes em mulheres por complicações no parto ou por falta de cuidados pré-natal e pós-parto.
O combate a violência física, moral, sexual, psicológica também é umas das preocupações do Governo do Estado. Milhares de mulheres ainda são vítimas deste mal a cada ano. Os números de casos de meninas que sofrem abuso ou são exploradas sexualmente ainda são alarmantes. Segundo o balanço do primeiro semestre de 2008 dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), dos 4.467 atendimentos, 32%, ou seja, 1.445 são de abuso e exploração sexual e as principais vítimas deste tipo de violência são meninas, da cor parda, na faixa etária de sete a 14 anos.
Temos nos esforçado para aumentar a eficiência do aparato governamental com medidas de conscientização e repressão à violência contra a mulher. Neste sentindo, o Governo chamou a sociedade civil organizada, os órgãos de punição e de defesa para integrar um comitê de enfrentamento ao abuso e a exploração sexual. O objetivo é trabalhar de forma conjunta as ações, conseguindo melhores resultados.
Todas essas ações fazem com que o Governo do Estado e todos os mato-grossenses tenham cada vez mais motivos para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A nossa homenagem a todas as mulheres que ajudam a fazer de Mato Grosso um lugar cada vez melhor para se viver.
Terezinha Maggi é secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social