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A quarta onda

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O Fórum Econômico Mundial reuniu-se na semana passada em Davos, na Suiça. De lá sempre saem tendências. O Fórum é uma organização sem fins lucrativos baseada em Genebra, é mais conhecido por suas reuniões anuais em Davos, Suíça nas quais reúne os principais líderes empresariais e políticos, assim como intelectuais e jornalistas selecionados para discutir as questões mais urgentes enfrentadas mundialmente, incluindo saúde e meio-ambiente. Neste ano, trouxe vários recados para os países emergentes, entre eles, claro o nosso sofrido Brasil. O ambiente em Davos neste ano foi de pessimismo com a economia global, especialmente por conta dos países emergentes.

Os pontos do desânimo são: desaceleração da demanda chinesa, queda no preço das principais commodities, desvalorização das moedas, alta dos juros nos EUA, aperto no crédito e fuga de capitais. Sem contar riscos de desaceleração nos EUA e na União Européia. Para os emergentes o recado é que a crise mundial deverá durar mais tempo, puxando a riqueza desses países. O Brasil esteve na pauta do pessimismo em Davos, onde nem a presidente Dilma teve a coragem de ir.

Porém numa análise de longo prazo Davos trouxe uma inquietação positiva. Já está em andamento junto com essa crise mundial uma mudança estrutural em andamento na economia mundial, que seria o início da chamada "Quarta Revolução Industrial". A terceira revolução baseou-se na informática e Tecnologias da Informação. A quarta revolução será a fusão de tecnologias, borrando as linhas divisórias entre as esferas físicas, digitais e biológicas. Esses avanços vão da robótica à nanotecnologia e biotecnologia, da inteligência artificial à computação quântica, do Big Data (computadores e máquinas que se comunicam entre si), aos veículos autônomos e novos materiais. É assombrosa essa Quarta Revolução Industrial, que remodelará todos os conceitos hoje conhecidos da economia, da educação, das tecnologias e, lá na ponta, do próprio modo de se viver no planeta.

Muitos países perderão muito nessa nova onda. O Brasil está na mira dos que poderão perder muito porque distancia-se rapidamente no mundo e se afunda no marasmo interno ideológico e paralítico de gestões públicas em cadeira de rodas. A maracá da nova onda favorecerá quem detiver a tecnologia, a capacidade de inovação, a mão de obra qualificada. Por aí se vê que o Brasil está longe da quarta onda. Corre o risco de chegar nela quando o resto do mundo já estiver entrando numa possível quinta revolução.

Por fim, países cuja economia depende de mão e obra barata verão robôs e sistemas substituindo os empregos. Conclusão: mais de 7 milhões de empregos sumirão dentro da nova onda e aumentarão com o tempo. Mato Grosso tem chances melhores dentro de sua matriz econômica do agronegócio, cada vez mais tecnificado. Porém, a educação será um permanente desafio.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

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