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A grande expectativa coletiva

Wilson Carlos Fuáh – economista, especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas. [email protected]
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É muito fácil presentear quem não precisa de amparo material e fácil também, doar a quem nunca lhe pediu nada, mas por outro lado, é muito difícil estar ao lado daqueles estão vivendo um estado de carente de tudo.

Mas,  é importante saber que fazer o bem só em causa de socorro social, mesmo  que ao fim das contas, apesar da traição e da ingratidão, elas fazem parte dos nossos relacionamentos, pois é através da caridade que  participamos do mundo,  aceitando todas as estigmas espirituais, devemos estar preparados para ao fim de cada relacionamento saber aceitar  algumas decepções e talvez receber pequenos reconhecimentos, ou seja: a gratidão, o muito obrigado, a consideração e o respeito deixam de fazer parte da ação benéfica conquistada, pois existem pessoas necessitadas de ajuda permanente e não  fixa nas suas próprias lembranças a grandeza de receber.

O ato emocional não se restringe e se acaba ao dizer mecanicamente “Deus lhe Pague”, a ajuda não é evolutiva para aqueles se sentem carente de tudo, pois em sua cabeça impera o ato de pedir, fazendo com que sua emoção seja jogada na lata de lixo.

Pouco conhecemos das pessoas só pelo convívio, na ânsia em ajudá-las, muitas vezes, retiramos delas a melhor coisa que existe no crescimento pessoal, que é vencer  pelos próprios esforços, entretanto, há a consciência de que muitos não irão mudar sua maneira de viver pela simples ajuda recebida, pois a vida para essas pessoas se resume em momentos.

Muitas pessoas estão buscando o sentido da fé em templos cheios de luxos e vazios de sentimentos religiosos, até um dia saber que não é preciso explicações profundas para se viver na simplicidade quando aplicados na maioria dos nossos atos, por isso apesar de não parecer, viver é simples.

Na luta entre o coração e razão, muitos optam por retardar as decisões a procura de justificativas inúteis. Somam-se os porquês, os desperdícios das possibilidades são de exclusividades pessoais, a maioria das pessoas está dosando demais os seus desafios e ao fazer isso, limita a sua própria capacidade de assumir a maior força que a vida nos dá, que é o poder da superação individual.

Devemos ter consciência de que ao  fazer o bem aos outros, estamos fazendo para nós mesmos. Os riscos dos nossos atos são de nossa exclusividade e não devemos culpar aos outros se alguma coisa em forma de gratidão der errado.

     

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