sábado, 7/setembro/2024
PUBLICIDADE

A entrevista que eu não fiz

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Primeiramente, quero pedir desculpas aos meus leitores pelo sumiço de quase dois meses, porém é justificável, devido ao fato do Ministro Gilmar Mendes ter-me habilitado como jornalista, apesar dele achar que jornalismo é vocação e não preparação técnica-científica, eu me senti na obrigação de fazer um curso intensivo de entrevistotecnia (técnicas de entrevistar). Contratei dois dos grandes jornalistas do estado para ministrar-me este curso, foram eles: João Negrão e Kleber Lima (algumas aulas foram ministradas no bar da Isa , outras na minha residência saboreando um cordeiro assado ou no Spand tomando  um bom vinho), depois de cumprir a carga horária teórica, meus mestres  me deram como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), fazer uma entrevista com uma personalidade da política. Como gosto de fazer o  melhor, procurei logo quem? O mega empresário, mega sojeiro, mega exportador de soja, mega dono de porto, mega desmatador, mega governador, Blairo Maggi.

Peguei minha caderneta, uma caneta e rumei ao Palácio Paiaguás em busca da minha primeira entrevista e para não me sentir um peixe fora d água, coloquei uma botina, uma camisa xadrez, uma calça jeans, um boné com a marca de algum pesticida agrícola, para melhor ser atendido. Chegando lá, minha primeira decepção, o mega estava em viagem à África do Sul, perguntei por outra personalidade e me disseram: O senhor não sabe? Lotaram air bus e todo mundo foi pra lá.
Pensei…, pensei… , como se trata de um trabalho acadêmico e a maioria dos trabalhos acadêmicos, são Ctrl-c, Ctrl-v (copias da internet), vou fazer uma entrevista imaginária.

Eu: Bom dia Senhor Governador! Gostaria de fazer-lhe algumas perguntas.
BM: Bom dia Tche! Bah! Podes fazer, mas antes de tudo, gostei do teu boné, colorado tchê.
Eu: Vamos falar da sua turnê pela África do Sul: O motivo da sua viagem e levar toda essa comitiva, até o Murilo, se deve ao fato da nossa querida capital ter sido cortada da Copa 2014 e o Senhor está indo fazer uma pressão aos dirigentes para reverter a catástrofe, por ter mudado o projeto original, achando que o povo da FIFA iria engolir igual o povo mato-grossense, que ainda acredita nas suas promessas Governador?

BM: Bah tchê, tu ta aguando meu chimarrão, secretária troca essa erva.
Eu: O Senhor acha que o Wilson Santos não foi nesse tour, para depois jogar a culpa só na V Excia, já que lhe creditou o sucesso da escolha em maio passado?

BM: Bah! Esse galinho me paga  tchê, eu mato ele, PAC! PAC! PAC!, Eu o Curado e o Julier, tchê.
Eu: Mega Governador, mudando um pouco o foco da nossa conversa, vamos falar de política. Va Excia, veio para a política como o anti-político, o empresário. Ao que parece, apesar dos quase oito anos na política, o senhor ainda tem preconceitos contra os políticos, ou o senhor acha que político é caso de polícia, que até colocou um policial para cuidar deles na Casa Civil e os jornalistas também?

BM: Tri legal essa tchê, mas não vou responder se não o Sival pode ficar chateado tchê.
Eu: Quero lhe agradecer pelas esclarecedoras respostas, até logo.

Carlos Veggi é Consultor, curioso do mundo e agora jornalista graças ao Gilmar.

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

É possível continuar caminhando

Tudo nesta vida precisa ser muito elaborado, pois é...

Viver no par ou no ímpar

No mundo da realização só tem espaço para aqueles...

Um Alfa de si mesmo!

A mente humana é a fonte de poder mais...

O nosso interior nos faz prisioneiros

Temos duas histórias, a visível e a invisível, uma...