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A eleição e o complexo mundo político

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Durante as convenções  fica constatada que as ideologias são muito similares, pois todos são muito iguais, os partidos viraram apenas meras roupagens para os políticos usarem de acordo com as necessidades momentâneas  e os interesses pessoais.
     
Depois das convenções vem o freio de acomodação, aquele que era Mister vira estorvo, e as notícias se sucedem na velocidade instantânea dos Sites, e mesmo assim, não conseguem acompanhar  nos últimos dias sobre os (des) acertos no quadro político-partidário, especialmente no que se refere às coligações de determinados candidatos para o próximo pleito, sobretudo para governador e senador. E aquele era, não é mais, e aquele que não era,  agora passa a ser.
     
O mundo político é muito transitório, as verdades se envelhecem em cada amanhecer e as mentira nascem como erva daninhas e perpetua de acordo as infinitas explicações que chegam ao povo através das “coletivas”. Será que os trabalhadores tem tempo desocupado para acompanhar e entendem o que se passa na cabeça dos políticos e nas entranhas dos partidos?
             
A eleição para Governador é sempre marcante e muito disputada, pois  trata-se de eleger aquele que terá as chaves do cofre e o poder da caneta, é na verdade um mundo  onde envolvem milhões de recursos públicos, antes e depois, submetidos a  acordo de interesses de seguimentos poderosos e de  grupos endinheirados, e ao fim das eleições aquela máxima, que dizia que:  o governo existe para o cidadão, passa muito longe.
               
Vai começar o grande espetáculo político, explodem vaidades e as emoções dos debates são palpitantes e lá vêm ataques pessoais, fatos da história da vida pessoal do candidato, até então escondidos, são divulgados em forma de vídeos e fotos antigas, mas comprometedoras, e que pode virar escândalos de campanha, promovendo estragos e que são facilmente verificados das pesquisas.
            
E, finalmente entra em ação os Doutos da Legislação Eleitoral, a palavra de ordem passa a ser: vamos recorrer; vamos impugnar; amanhã sai a liminar; ganhou, mas não levará, pois está “sub judice”.
             
Durante a campanha tudo é muito imediato, o “Núcleo Duro dos Coordenadores” tem que ser muito ágio, e as decisões tem que ser todas de imediato, porque em política não existe lógica eterna, e sim, o princípio de pragmatismo, e importa é a coerência rumo à vitória. Antigamente água e óleo não se misturavam, mas visando acomodar os interesses individuais, e necessário que sejam expurgados os estranhos no ninho, pois eles  estão no epicentro do furacão, e panorama políticos é cheio de incoerência e recheada de artista e mágico do impossível.
    
E, o grande líder, Vossa Excelência  o candidato vira apenas “um pequeno detalhe”, nas mãos dos marqueteiros e vivendo sob a ditadura do poder das decisões do “Núcleo Duro dos Coordenadores”, transforma em um aventureiro preparado para ganhar.

E os eleitores?
Eles só serão lembrados nos primeiros cinco dias outubro, depois ficarão por  quatro longos anos vivendo como maridos enganados, pois será o grande traído no grande teatro político em nome da festa democrática.

As eleições produzem um universo de dados, e depois das eleições, os especialistas ficarão tentando entender e explicar porque existem tantas pessoas não querendo votar, porque existe tanta anulação dos votos e votos em brancos que viraram a grande  forma de protesto pela repugnância eleitoral, essa é a verdade da democracia, que é o direito de manifestação e que ao final vence a vontade da maioria.

Mas infelizmente, o quadro político e as relações políticas estão cada vez se autodestruindo pelos atos não republicanos, por isso, a escolha dos eleitores passa a ser exercida  pela exclusão e não pelo escolha do melhor candidato, porque este é o novo panorama e que faz parte do contexto político do país.

Wilson Carlos Fuah é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso
[email protected]

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