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Greve da Sema está gerando colapso econômico em Mato Grosso

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Infelizmente, o setor de base florestal mais uma vez sofre com o descaso do Governo em relação à política ambiental e começa a entrar num colapso por conta da greve dos servidores da Sema.

O segmento já contabiliza como perdida a safra de madeira 2011 e, caso a greve perdure, a de 2012 já está comprometida em grande parte, pois nossa safra é contabilizada nos meses de seca e, já se aproxima novamente o período de chuvas, quando nossa operação vai diminuindo até cessar quase que por completo no início do ano e, então, voltamos a operar somente no segundo trimestre de 2012. Vale ressaltar que 5% da economia mato-grossense são representados pelo comércio de madeira legal.

A má notícia da perda da safra não é a pior. Caso o governo estadual não intervenha em favor dos segmentos que dependem da Sema para exercerem suas atividades, milhares de postos de empregos serão perdidos dentro da indústria madeireira, pois sem liberação de manejo as indústrias ficam sem ocupação para seus funcionários.

Alguma coisa precisa ser feita, respeitamos o direito dos servidores, mas realmente a situação já ultrapassou o limite. Cobramos uma solução já, pois o prejuízo se avoluma e percebemos que já com quase 40 dias de paralisação total dos servidores, até o momento, o Governo do Estado não tomou uma atitude para resolver o impasse. Enquanto isso, o cenário aponta para um caos econômico, social e ambiental pelo menos em 60 cidades que sobrevivem da atividade florestal e já estão chegando à marca de 50% de redução da atividade.

Devo destacar também que o cenário nos expõe à expectativa de perdas diretas na arrecadação, não considerando os impostos TSE, FETHAB, INDEA e os indiretos como combustível, logística, energia, impostos agregados.

A diretoria do Cipem já esteve mais de uma vez no Palácio Paiaguás, conversou com o chefe da Casa Civil, José Lacerda, expôs o prejuízo que a greve está causando para o Estado, que será sentida em breve inclusive com a queda na arrecadação do Estado. O setor de base florestal necessita das autorizações e licenciamentos para trabalhar.

Reafirmamos as palavras do diretor financeiro do Cipem, Cesar José Mason, também empresário do setor quando alertou sobre a inoperância do Executivo Estadual e o desrespeito com que vem tratando a questão ambiental, o que reflete negativamente para a imagem de Mato Grosso no cenário nacional e internacional. É inadmissível que a cúpula do governo vire as costas para o setor industrial neste momento. Ajudamos a desenvolver o Estado, exigimos decência e responsabilidade.

José Eduardo Pinto – presidente do Sindusmad

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