A Polícia Civil de Sinop descartou a hipótese que os morteiros, granada e munições – de uso exclusivo das Forças Armadas Brasileiras – encontradas, enterradas, por uma criança, no quintal da residência onde brincava – teriam sido deixadas no local por militares do 9° Batalhão de Engenharia Civil – BEC – que fez as obras de asfaltamento da BR-163, na década de 70.
O delegado Joacir Batista dos Reis informou que ouviu o proprietário da casa, que é alugada. “Ele nos disse que há 20 anos toda aquela área, que era alagada, foi aterrada e compactada, e que este material não ficaria na superfície como estava. Também falamos com o comando geral do BEC e nos informou que não utilizam este tipo de armamento, (de combate), apenas dinamites explosivas”, explicou, ao Diário Regional.
A hipótese que o armamento poderia ter sido deixada pelo Exército foi cogitada pois o batalhão ficar acampado próximo ao estádio, mesma região onde está a casa. Um morador que trabalhou, na época, com os militares, confirmou que eles não utilizavam esse tipo de armamento. Mas a polícia tem outra pista. “Com o número de série poderemos descobrir de onde eram e se foram roubados, extraviados. A partir daí tudo fica mais claro”, acrescentou o delegado.
Conforme Só Notícias informou, as munições de forte poder destrutivo foram entregues ainda na quarta-feira para o Exército de Sinop, que aguarda agora a chegada de uma equipe especializada, de Cuiabá, para fazer uma análise técnica. Uma das preocupações é com o manuseio incorreto, que poderia ter causado uma explosão.
Os armamentos foram encontrados por dois meninos, de 8 e outra de 6 anos, na quarta-feira de manhã, que avisaram a mãe que acharam um “cano”. Ela achou estranhou e comunicou a polícia.