quinta-feira, 19/setembro/2024
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Juíza é assassinada a tiros dentro de fórum em Mato Grosso

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A juíza da Comarca de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá), Glauciane Chaves de Melo, foi assassinada com dois tiros, no final da manhã, no Fórum da cidade. Policiais civis e militares já estão no local. Segundo informações da assessoria do Tribunal de Justiça, o ex-marido da magistrada, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, é o principal de cometer o crime. Ele está foragido. A versão apurada, com base nos relatos de testemunhas, é que ele teria entrado no gabinete dela, o que não chamou atenção porque ambos mantinham contato, mesmo após a separação, no final do ano passado. Eles teriam discutido e disparos foram feitos. O casal não tinha filhos.

Um policial que fazia a guarda do fórum chegou a disparar na direção do suspeito, mas não o atingiu. Na saída, ele teria avisado que ia na casa da mãe da magistrada para executá-la. O Comando Militar da região do Araguaia foi acionado auxiliar nas diligências pela captura do suspeito. Foi solicitado ainda o bloqueio das estradas que dão acesso aos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, e o juiz auxiliar da presidência, Luiz Octávio Sabóia, viajam, esta tarde, para Alto Taquari. O juiz diretor da Comarca de Alto Araguaia, Carlos Augusto Ferrari, foi acionado pela Presidência do TJ para dar apoio e suporte às equipes.

A morte da juíza chocou os advogados de um escritório de Belo Horizonte (MG), onde a magistrada prestou serviços antes de passar no concurso para juíza substituta em Mato Grosso. Segundo informações, Glauciane de Melo era uma pessoa concentrada no trabalho e tinha uma capacidade grande de memorizar as informações de um contrato ou de um processo.

Segundo informações do TJ, a magistrada residia em Belo Horizonte até tomar posse como juíza em Mato Grosso, em 15 de junho de 2012. A entrada em exercício no cargo ocorreu no dia 18. Classificada em 20º lugar no concurso público, ela escolheu a Comarca de Alto Taquari para atuar.

Na ocasião da escolha, a magistrada informou que fez a escolha levando em consideração, além da indicação de amigos, algumas informações sobre a comarca, que ela considerava estar em franco desenvolvimento e, apesar disso, ser uma comarca tranquila, com um bom número de servidores.

O presidente do TJ emitiu nota, há pouco, lamentando a violência que resultou na morte prematura da magistrada e presta condolências e solidariedade aos seus familiares. O corregedor do órgão, desembargador Sebastião de Moraes Filho, também emitiu nota de pesar.

Foi declarado luto oficial em todo o Poder Judiciário estadual por três dias. Na comarca de Alto Taquari, onde ela atuava, também foram suspensos o expediente e os prazos processuais. Na segunda-feira (10 de junho) os prazos voltarão a correr normalmente.

(Atualizada às 14h18)

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