O juiz criminal da Comarca de Sinop, Mário Machado, acabou de chegar ao presídio Ferrugem para ouvir as reivindicações dos presos amotinados. O superintendente do Sistema Prisional da Secretaria de Estado de Justiça, José Carlos de Freitas, começou as negociações, ontem à noite, com o grupo que está rebelado tentando encerrar o motim que está completando 24h. A presença dele foi uma das reivindicações dos amotinados. José saiu do presídio Ferrugem sem dar entrevistas e retornou esta manhã. O presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB sinopense, Denovan Isidoro de Lima, e o comandante regional da PM, coronel Nerci Denardi, também estão no local.
A direção não informou como está a situação neste momento no presídio. Durante a madrugada, policiais do COTAR, da PM, fizeram rondas contantes na parte externa do presídio para evitar qualquer tentativa de fuga.
Cerca de 100 detentos conseguiram sair das celas, ontem de manhã, e se amotinaram no corredor do raio amarelo. Eles dizem que fizeram 6 outros detentos reféns. A Secretaria de Justiça, em contato por telefone com Só Notícias, negou que haveria reféns. Na carta enviada a jornalistas, ontem à tarde, os presos rebelados cobram a revisão das penas de alguns reeducandos, além da transferência de outros (cerca de 10) para Cuiabá. E, no final, há uma ameaça: “se entrar (policiais invadirem o presídio para acabar com motim) estamos com seis reféns, que são os passarinhos (sic) da diretora. Eles estão todos amarrados”.
Eles também reclamam da rigidez nas fiscalizações de entrada de visitantes (familiares) aos domingos. A direção da cadeia intensificou as revistas a familiares e amigos que levam comida e outros produtos após terem sido apreendidos diversos celulares em celas do raio amarelo.
O Ferrugem tem mais de 500 detentos que estão divididos em raios.
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