A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a Operação Balista, com 15 mandados de prisões para integrantes de uma organização criminosa envolvida em um esquema de assalto a bancos, roubo a caixas eletrônicos e roubo de caminhões e cargas, dentre outros ilícitos, com o objetivo final de prover fundos para o tráfico de drogas. Também estão sendo cumpridos 4 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Tangará da Serra, Porto Espiridião, e Tatuí (SP). Além disso, outros sete investigados que já se encontravam presos deverão ser ouvidos pelos Delegados Federais.
A Polícia Federal informa que, “durante as investigações foi constatado que dois policiais militares atuaram como integrantes da organização, especificamente como responsáveis pela segurança do grupo durante as ações criminosas, bem como repassando informações privilegiadas acerca do policiamento ostensivo nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, enquanto ocorriam os roubos”. As provas coletadas durante os trabalhos investigativos fundamentaram representação policial, tendo sido expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande.
As investigações iniciaram em outubro com foco no núcleo da organização criminosa que seria formado por membros de uma família de Várzea Grande, supostamente responsável por orquestrar, comandar e fornecer meios para a prática de diversas ações criminosas ocorridas no Estado. Quase a totalidade dos suspeitos já possuía antecedentes criminais e agora deverão responder pela prática dos crimes de quadrilha ou bando, roubo qualificado, furto qualificado, receptação, porte e fornecimento ilegal de arma de fogo, tráfico e associação para o tráfico de drogas, dentre outros crimes.
Em relação aos policiais militares envolvidos, a deflagração da operação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, entidade com a qual as provas obtidas durante a investigação deverão ser compartilhadas. O material apreendido durante a operação será analisado pela Polícia Federal e anexado ao inquérito policial, o qual deverá ser concluído no prazo de cinco a dez dias.
“Com o desenvolvimento das investigações foi possível comprovar o envolvimento da família mencionada e também de outros investigados na prática de diversos delitos, demonstrando a variedade de objeto na atuação do grupo. Ao todo foram catalogados ao menos quatorze episódios criminosos distintos dos quais a organização foi responsável”.
A ação foi batizada como “Operação BALISTA”, em alusão a arma de guerra do período medieval que atirava dardos para diversas direções contra os inimigos, fazendo-se referência à variedade de objeto na atuação do grupo investigado, que atuava em diversas frentes criminosas na prática de ilícitos contra a sociedade.
(Atualizada às 8:55h)