O piloto Cleymer de Sousa Portela, 60 anos, chegou, agora há pouco, a Mato Grosso, depois de ficar refém de assaltantes desde sexta-feira, quando foi dominado e obrigado a pilotar um avião Sêneca até a Bolívia, onde foi deixado, na cidade de San José (cerca de 500 km da fronteira com Mato Grosso do Sul). Ele foi de carro, até Corumbá (MS), e de lá, seguiu de avião até Várzea Grande, onde reside. “Ele está bem de saúde, embora psicologicamente, bastante abalado”, explicou o coordenador de voo da empresa, Ivo Pereira Junior, ao Só Notícias. “Ao que tudo indica, o comandante Cleymer pode ter sido liberado somente hoje, na Bolívia. De Rondonópolis até o território boliviano ele foi obrigado a pilotar. Mas ainda não sabemos se lá outro piloto assumiu o comando da aeronave”, acrescentou.
É a primeira vez que a empresa, sediada em Cuiabá, tem uma aeronave roubada. O Sêneca tem capacidade para até 5 passageiros e está avaliado em US$ 160 mil. A Polícia Federal está investigado o roubo. Uma das possibilidades é que a aeronave será usada por traficantes. A empresa fretou voo de Cuiabá a Rondonópolis e o ladrão se passou por advogado. O último contato feito pelo comandante com a empresa é que chegou em Rondonópolis na sexta-feira no início da tarde. Depois, não houve mais contatos. A empresa acionou a polícia e, só hoje manhã, o mistério acabou. O comandante fez contato informando que havia sido deixado na cidade boliviana.
O avião permanece com os assaltantes.
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