O governador Silval Barbosa (PMDB) deve receber, na sexta-feira (7), o abaixo-assinado contra a insegurança em Sinop. O documento, idealizado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), solicita o aumento do efetivo de policiais civis e militares, além de mais viaturas e armamentos. Também requer um Centro de Ressocialização com 200 vagas para menores infratores.
A Comissão Pró Segurança, formada por empresários e representantes de entidades, deve aproveitar que Silval estará no município, em função do jantar de abertura da 29ª Exponop (exposição agropecuária, comercial e industrial de Sinop) para entregar o documento que tem milhares de assinaturas.
De acordo com o comandante da Polícia Militar na região, tenente coronel Celso Barbosa, um dos principais problemas combatidos no município é assalto a estabelecimento comercial. Um exemplo foi constatado ontem, quando bandidos levaram R$ 11 mil de uma casa lotérica, no centro.
No mês passado, o coronel disse, ao Só Notícias, que “a população é de aproximadamente 150 mil habitantes, porém, o efetivo é praticamente o mesmo de 20 anos atrás”. Atualmente, segundo Barbosa, a PM conta com cerca de 60 policiais.
Março, conforme Só Notícias já informou, foi o mês que mais registrou roubos e furtos. Um levantamento da Polícia Militar apontou que houve aumento de 100% nos casos, se comparado aos dois primeiros meses do ano. A média oscila entre 25 e 28, porém, naquele mês foram 58 ocorrências. No primeiro trimestre foram 172 assaltos e 411 furtos no município. O comandante da PM no município, major Gildásio Alves, confirmou que 90% dos suspeitos foram presos (ou apreendidos), a maioria entre 16 e 18 anos. Sendo que 23 menores estão em situação “traumática”.
O mês também registrou oito homicídios. De janeiro a março foram 16 pessoas assassinadas. Em 2012, houve 41 homicídios e 2011, foram 21 assassinatos.
Para inibir a ação dos criminosos a PM contou com o apoio da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), que desencadeou a Operação Saturação com duração de dez dias e contou com 23 policiais.
Com o aumento da criminalidade do município, há um mês, a CDL idealizou o documento e distribuiu em vários pontos comerciais da cidade. “Foram distribuímos em igrejas, faculdades, supermercados, entidades, meios de comunicação. Agora chegou a hora de recolhermos estas listas e organizarmos todas em uma só, por isso é preciso que todos se mobilizem levando as listas na CDL”, disse, por meio de assessoria, o presidente, Afonso Teschima Junior.
O abaixo-assinado pode ser entregue, na rua das Amendoeiras, centro, até quinta-feira (6).