O Tribunal de Júri acaba de considerar culpado Claudio de Souza, Peninha, conhecido como maníaco da lanterna, pelo assassinato Maria de Fatima dos Santos e por tentar matar Wanderley Fingolo Rascado, em 2002, em Alta Floresta. A pena fixada pelo juiz João Guerra foi de 20 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado. Os jurados acolheram todas as acusações feita pelo Ministério Público e consideraram que o condenado tinha plena consciência de seus atos. Foi fixada pena de 16 anos de reclusão por matar Maria (sendo 14 pelo assassinato e 2 anos duas qualificadoras) e mais 4 anos e 4 meses de prisão “concreta e definitiva”, por tentar matar Wanderley. Na condenação, foi mencionado, ainda, que o crime ocorreu “por vingança”. Ele acertou 3 tiros em Maria e, em seguida, terminou de matá-la a pauladas. Os jurados concluíram ainda, após ouvir as acusações do promotor, analisar as provas e a defesa de Claudio, que ele “só não matou Wanderley porque foi visto por pessoas que passaram pelo local”. Foi decidido ainda que o réu não é merecedor de atenuante das penas.
O juiz João Manoel Guerra, ao anunciar a pena, classificou Claudio como pessoa “fria e violenta”. Conforme Só Notícias já informou, Claudio estava preso há 2 anos, em Cuiabá, para onde deve ser encaminhado.
O julgamento terminou agora há pouco, no fórum em Sinop, e durou cerca de 10 horas. Foi realizado em Sinop, atendendo pedido da promotoria, porque as testemunhas em Alta Floresta alegaram receio de Claudio. O crime ocorreu por volta das 5h30 na avenida Robson Silva, no bairro Cidade Alta.
Claudio, conhecido também pelo apelido de “Peninha”, é acusado de pelo menos 2 crimes ocorridos no Nortão e ficou conhecido nacionalmente por ter sua história relatada em um antigo programa a nível nacional onde eram apresentados os foragidos da justiça e seus casos. Na época, recebeu o apelido de “maníaco da lanterna” por usar uma lanterna para iluminar a escuridão dos locais – normalmente matagais – onde atacavam as vítimas, mulheres e casais.
Ele foi localizado em abril de 2002, quando confessou aos policiais os assassinatos dizendo que ouvia “a voz do demônio”. Em janeiro de 2003, conseguiu escapar junto com outros nove detentos da cadeia de Alta Floresta. Voltou a ser preso em abril de 2008, em Alta Floresta, sendo encaminhado para Cuiabá, na mesma semana.
O próximo júri popular que ele deve ser submetido será em Alta Floresta. Ele é acusado de atacar uma mulher, ter tentado estuprá-la e, em seguida, a matou.
(Atualizada às 20:02h)
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