Os servidores públicos municipais decidiram, agora há pouco, manter por tempo indeterminado a greve deflagrada pela categoria. Eles não aceitaram a proposta da prefeitura de reposição salarial de 4.11%, a partir de maio, para todos os servidores e reajuste salarial escalonado para 1.382 funcionários em 32 cargos, a partir de setembro e não contempla todos os efetivos. Serão beneficiados os que ganham atualmente até cerca de R$ 875. O sindicato aponta que permanecerá o movimento porque a Lei Orgânica Municipal estabelece que os reajustes devem ser feitos sem “distinção de índices”. Após a decisão de reprovar a proposta, eles fizeram passeata no centro da cidade com faixas e cartazes criticando a prefeitura. Hoje é o 5º dia de paralisação.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Adriano Perotti, disse que as principais reivindicações não foram atendidas. “A prefeitura recorreu ao Tribunal de Justiça contra a nossa greve e perdeu. Isto prova que o prefeito Juarez Costa, que se diz democrático, as vezes distorce as palavras. Se fosse democrático, ele não estaria tentando, na justiça cercear o direito dos trabalhadores”, afirmou.
Segundo os manifestantes, 30% dos serviços nas áreas de Saúde e coleta de lixo serão mantidos. Antes da assembleia onde foi rejeitada a proposta, eles realizaram um abraço simbólico na prefeitura, em sinal de protesto. Nos próximos dias grevistas continuarão se dirigindo para a frente do Executivo onde aguardam novas rodadas de negociações com o prefeito Juarez Costa. À noite, devem acompanhar a sessão na Câmara dos Vereadores onde podem ser apresentados projetos propondo reposição e reajuste.
Na sexta-feira à tarde, o Executivo apresentou proposta concedendo reposição salarial de 4,11% paga a partir de maio. A greve geral entra hoje no 5º dia. Para 1.382 funcionários é oferecido aumento variando de 10,66% a 20,37%. Devido as restrições da lei eleitoral, a prefeitura tem que enviar os projetos logo para a câmara que deve votá-los até o dia 6 de abril.
Conforme Só Notícias já informou, os funcionários que ganham R$ 566, por exemplo, passariam para aproximadamente R$ 681. Os que recebem R$ 610 ganhariam R$ 727. Os que recebem R$ 875 passariam para R$ 1.003. Nestas três faixas estão, por exemplo, os garis cozinheiras, atendentes em creches, agentes de inspeção sanitária, braçais, monitores de creches, auxiliares de enfermagem-laboratório, eletricistas, fiscais, motoristas, mecânicos, dentre outros.
Para as demais reivindicações a prefeitura respondeu que, quanto ao plano de cargos e salários, estuda inserir novas categorias; que o plano de saúde é inviável devido ao alto custo; o cumprimento das normas de registros do Ministério do Trabalho está vinculado à implantação do PPRA previsto para abril; para pagamento de insalubridade/periculosidade foi formada comissão que “está trabalhando e se organizando” e que no último ano mais 115 servidores passaram a receber o benefício; A prefeitura também respondeu que, para redução de carga horária dos servidores da Educação e Cidade há benefício de 33% de hora/atividade e “está em andamento reformulação para todos os demais professores”.
A folha salarial da prefeitura hoje é de R$ 6 milhões para cerca de 3 mil servidores. A prefeitura aponta que gasta atualmente com pessoal 51% da arrecadação, esando no limite definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
(Atualizada às 10:28h)