A população de Matupá se preparou com festa para receber o 12º Rally da Selva, ontem, no final da tarde, no 1º dia da competição. A recepção contou com apresentações culturais e com as boas-vindas dadas pelos Panará, os índios gigantes da Amazônia cuja insígnia compõe a logomarca do evento. Foi o primeiro encontro com a etnia que inspirou a competição há 12 anos.
O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fernando Baggio, que mantém contato direto com os Panará, disse que eles se sentiram valorizados e homenageados com o respeito que o Rally da Selva demonstrou com o povo índio. Em troca, pintaram os corpos com plantas nativas da selva, o Urucum e Jenipapo, e, dançaram para os competidores e população.
O cacique Seiakia Panará destacou que eles se pintam assim somente em ocasiões especiais. “Nós sentimos muito orgulho pelo Rally da Selva carregar como um de seus símbolos, a insígnia Panará, por isso hoje viemos encontrá-los e homenageá-los com danças do nosso povo”, destacou Seiakia.
Em seguida entraram no palco os humoristas Tchó e Béppi, que fizeram uma apresentação e abriram o palco para a banda BR-163 que tocou pela primeira vez em Matupá.
O secretário de Indústria, Comércio e Cultura de Matupá, Rogério Mena, frisou que o evento é uma oportunidade que marca a união dos povos.
A competição termina neste domingo com a chegada em Sinop. Uma diferença mínima de dois pontos fez da dupla paranaense José Riveline e Alonso Sanches, de Apucarana (PR), terminar o segundo dia do 12º Rally da Selva na liderança da categoria Júnior.
A disputa entre eles e os paulistas Itamar e Célia Bukvar foi acirrada e o item decisivo foi a pontuação da primeira etapa do dia, quando a dupla paranaense foi mais regular. Tanto piloto quanto navegador explicam que não têm pressa e que o segredo é a tranquilidade.
Na Graduado, o piloto Rogério Gonçalves e o navegador Vanderlei Hirt, de Apucarana (PR), encerraram o primeiro dia de trilha do Rally da Selva com 56 pontos, garantindo a liderança.
O rally é realizado com apoio de Só Notícias.
Competidores com índios em Matupá (foto: Luiz Ohira/assessoria)